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Capital

"Não sabemos o que vamos enfrentar daqui dez anos", diz secretário

Flávia Lima | 26/02/2016 20:48
Secretário-adjunto Josimário Teotônio se mostra preocupado com a evolução da microcefalia. (Foto:Allan Nantes)
Secretário-adjunto Josimário Teotônio se mostra preocupado com a evolução da microcefalia. (Foto:Allan Nantes)

O secretário-adjunto de Educação do Estado, Josimário Teotônio Derbli da Silva, que participou nesta sexta-feira (26) de reunião para definir ações unificadas de combate ao Aedes aegypti em parceria com o MPE (Ministério Público Estadual), disse que os estudos que surgem diariamente sobre as sequelas do zika vírus em bebês e crianças traçam um panorama sombrio para as futuras gerações.

Ele disse que esteve semana passada em uma reunião com técnicos da Saúde de estados do Nordeste, onde a incidência de casos de microcefalia associados ao zika vírus segue um crescente e se mostrou preocupado, principalmente quanto a estrutura que o Poder Público tem a oferecer às crianças vítimas da doença.

Ele citou estudos que apontam que alem das complicações no sistema nervoso, outros problemas podem afetar a criança, como doenças congênitas que podem comprometer o desenvolvimento físico e intelectual. "Corremos o risco de ter uma geração inteira de crianças que irão necessitar de atendimento especial nas escolas públicas e os estados não terão recursos financeiros para isso. Mal conseguimos providenciar a acessibilidade obrigatória hoje", afirmou.

Sem comentar valores, Josimário se mostrou preocupado com o montante financeiro que seria preciso investir para que esses alunos tivessem orientação de professores especiais, além de toda uma infra-estrutura física. "Teríamos que contratar um grande número de profissionais especializados porque cada criança terá uma necessidade específica, já que a microcefalia não apresenta um sintoma padronizado", diz.

O secretário-adjunto, que representava a secretária Maria Cecília Amêndola da Mota, também destacou que a falta de informações e as novidades que surgem todo dia, torna impossível traçar uma perspectiva segura de como será o avanço da doença. "Não sabemos o que vamos enfrentar dentro de cinco ou dez anos", conclui.

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