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Capital

“Olhos da cidade”, taxistas ajudam até encontrar veículos levados por ladrões

Renan Nucci | 02/11/2014 08:44
Aplicativo de celular ligado à internet e o rádio amador são as principais ferramentas de comunicação dos taxistas. (Foto: Marcos Ermínio)
Aplicativo de celular ligado à internet e o rádio amador são as principais ferramentas de comunicação dos taxistas. (Foto: Marcos Ermínio)
Em 13 anos de profissão, Thiago já passou por diversas situações, inclusive ajudando na busca por um empresário desaparecido. (Foto: Marcos Ermínio)
Em 13 anos de profissão, Thiago já passou por diversas situações, inclusive ajudando na busca por um empresário desaparecido. (Foto: Marcos Ermínio)

Os taxistas de Campo Grande fazem muito mais do que apenas levar seus clientes com segurança ao destino combinado. Fontes de informação e atentos ao movimento nas ruas, eles se autodenominam os “olhos da cidade” e prestam auxílio em diversas ocasiões, inclusive, na busca por veículos roubados ou furtados, e até mesmo pessoas desaparecidas.

O taxista Thiago Vitor Freitas, 32 anos, conta que em 13 anos de profissão já presenciou diversas situações inusitadas, entre elas, busca de carros roubados. “Temos uma central de comunicação que nos fornece todo tipo de informação, seja por meio do aplicativo do celular, ou no rádio. Estamos ligados em tudo que acontece, somo os olhos da cidade”, disse.

Ele conta que, juntamente com outros colegas, “participou” das buscas no caso do empresário Erlon Peterson Bernal, 32 anos, vítima de latrocínio, no dia 1° de abril. A vítima ficou desaparecida e teve o corpo encontrado enterrado em uma casa no Bairro São Jorge da Lagoa. “A gente que fica na rua presta atenção em tudo. Quando ele sumiu, ficávamos atentos e sempre avisávamos a polícia quando víamos algo suspeito. Na maioria das vezes quando acontece algum roubo de carro ou moto, somos avisados. As pessoas sabem que podemos ajudar”, relatou.

O taxista Celso Ortiz, de 41 anos, afirma que pelo menos três vezes por semana alguém alerta a central sobre roubo ou furto de veículo. As vítimas chegam até a oferecer gratificação que varia de R$ 500 a R$ 1 mil. “O preço varia de acordo com o veículo. As chamadas acontecem com frequência, mas nem sempre conseguimos ajudar”, relata.

A gerente da Rádio Táxi Campo Grande, Solandia Rodrigues, 35 anos, diz que este tipo de situação é muito comum, principalmente pelo fato de que os profissionais desta área estão sempre trafegando por diversas regiões, 24 horas por dia. As gratificações, segundo ela, são um pouco mais modestas. “Recebemos chamadas e ajudamos como podemos. As recompensas são em média de R$ 100 ou R$ 200, muitas pessoas não oferecem nada”, comenta. “Já fomos comunicados até sobre desaparecimentos”, completa.

Por sua vez, o gerente da Coopertáxi, Edson Amorim, 35 anos, destaca que alguns de seus motoristas ajudaram a polícia a solucionar um roubo. “Há uns dois meses uma mulher ligou na nossa central avisando que seu GM Corsa Sedan havia sido roubado. Informamos os taxistas e um deles achou o veículo rapidamente, abandonado na Vila Piratininga. A polícia foi acionada e o carro recuperado”, lembrou. “O sistema de comunicação que usamos hoje é muito eficiente e permite ajudar a pessoas em situações como esta”.

Rodando pelas ruas 24 horas ao dia, taxistas são fontes de informações e "mão amiga" quando necessário. (Foto: Marcelo Calazans)
Rodando pelas ruas 24 horas ao dia, taxistas são fontes de informações e "mão amiga" quando necessário. (Foto: Marcelo Calazans)
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