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Capital

“Quantos irão morrer para que não fiquem impunes”, diz tia de Erlon

Edivaldo Bitencourt Filipe Prado | 09/05/2014 14:48
Manifestação tímida pede Justiça no caso Erlon Bernal (Foto: Marcos Erminio)
Manifestação tímida pede Justiça no caso Erlon Bernal (Foto: Marcos Erminio)

Os familiares do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32 anos - morto por uma quadrilha para roubar o carro no dia 1º de abril deste ano – protestaram, na tarde de hoje, no Fórum de Campo Grande, durante o depoimento da adolescente de 17 anos envolvida no crime. Com cartazes, eles pediam Justiça e a punição dos acusados pelo latrocínio. “Quantas pessoas irão morrer para que eles não fiquem impunes”, questionou a tia do empresário, a arquiteta Rosilei Lino, 49.

A menina, dona da casa onde o empresário foi morto, foi ouvida pela juiz da Vara da Infância e Juventude, Roberto Ferreira Filho. Além dela, foram ouvidas testemunhas de acusação e defesa.
Por meio da assessoria de imprensa do Fórum, o magistrado destacou que o caso tramita em segredo de Justiça. “A menina continuará internada”, garantiu, descartando o temor da família de Erlon, de que ela seria solta nesta sexta-feira (9).

O pai do empresário, Lino Bernal, 57, prestou depoimento e deixou a sala de audiência bastante abatido e emocionado. Ele não quis falar com a imprensa. A viúva, Dayane Perez Bernal, 32, também foi ouvida.
Rosilei disse que a família quer Justiça. “A família está devastada. Eles acabaram com uma família”, destacou, ao acompanhar um grupo que improvisou um pequeno protesto no Fórum da Capital.

Ela defendeu até uma pena maior para os adolescentes envolvidos com o crime, já que os bandidos e organizações criminosas estariam se aproveitando da impunidade para usá-los nas atrocidades. “Os menores podem fazer filho, votar e aprontam”, afirmou.

O agente de viagens Eduardo Marques Lucas, 47, tio de Erlon, destacou a banalidade do crime. “Uma simples venda de veículo vira um crime”, frisou. Ele disse que toda a família se sente insegura agora e até evita sair muito de casa.

A mesma opinião tem outro tio e também agente de viagens, José Geraldo, 54. Ele disse que duas crianças ficaram órfãs. “Quem vai proteger o filho da vítima?”, questionou.
“Toda comunidade evangélica está indignada com a insegurança crescente na Capital”, afirmou Geraldo. Ele disse que os 16 mil fieis da Igreja Congregação Cristã no Brasil estão preocupados com a impunidade e esperam Justiça.

O assassinato – Erlon foi vender um Golf, quando caiu nas mãos da quadrilha e acabou morto com um tiro na nuca no Bairro São Jorge da Lagoa na tarde do dia 1º de abril deste ano. Ele foi enterrado dentro de uma fossa na casa da adolescente, que está internada há quase um mês.

Thiago Henrique Ribeiro, 21 anos, Rafael Diogo, o Tartaruga, 24, e Jefferson dos Santos Souza, 22, estão presos e poderão ser condenados de aproximadamente 50 anos de prisão pelo crime.

Já o funileiro Ataíde Pereira dos Santos, que pintou o carro roubado de branco, foi indiciado pelo crime de receptação. Ele chegou a ser preso, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 2.896. Outro dois homens também foram indiciados pelo crime.

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