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Capital

“Rixa” de Carnaval põe fim ao sonho de jovem iniciar uma nova vida

Edivaldo Bitencourt e Alan Diógenes | 19/02/2015 15:27
Jovem ia começar a trabalhar como prestador de serviço nesta quinta-feira (Foto: Arquivo Pessoal/Facebook)
Jovem ia começar a trabalhar como prestador de serviço nesta quinta-feira (Foto: Arquivo Pessoal/Facebook)

Uma desavença no Carnaval entre um grupo de amigos culminou no assassinato de Rherison Lúcio de Souza, 23 anos, na tarde de ontem no Jardim Tarumã, na saída para Sidrolândia. Ele foi executado com cinco tiros na frente do irmão de oito anos quando tomava tereré na frente de casa.

Antes da “rixa” surgida no sábado de Carnaval, ele era amigo dos “assassinos”. Segundo a avó, a costureira Zeudita Pereira de Souza, 64 anos, o neto participava de uma festa da família, quando dois amigos apareceram e o chamaram para conversar em um canto.

Ela admite que Rherison é “esquentado”. “Ele perdia a cabeça muito fácil”, comentou. Zeudita suspeita que a briga começou por algo fútil. Os jovens começaram a discutir e trocar ameaças. Em seguida, um pouco mais tarde, um dos envolvidos no crime surgiu armado com um revólver, houve nova discussão e até o disparo de seis tiros. Familiares de Rherison entraram no meio da turma e acalmaram os ânimos.

Os pais do jovem foram passar o Carnaval em uma chácara e tentaram levá-lo junto, mas ele se recusou porque planejava esperar a namorada, que chegaria de São Paulo na Quarta-Feira de Cinzas.

A avó conta que o neto voltou a se encontrar com os desafetos durante o Carnaval e até houve troca de tapas. “Ele deu um tapa na cara do menino e ai ficou pior”, contou a costureira na tarde de hoje, durante o velório do neto na Pax Real da Avenida Bandeirantes, na Capital.

Por volta das 17h de ontem, os dois jovens foram até a casa e, armados com um revólver, mataram Rherison a tiros. Após ser atingido por dois disparos, o jovem saiu correndo e foi ferido por mais três tiros. Ele caiu e morreu no local.

A tragédia abalou a família. O pai, o pedreiro Sidinei Pereira de Souza, 47, contou que o filho estava com projetos de casar com a namorada.

Com o sonho de começar a comprar as coisas para constituir família, ele tinha arrumado um emprego e iria começar a trabalhar nesta quinta-feira como prestador de serviço em uma concessionária de energia.

No entanto, o assassinato na véspera do novo emprego pôs fim ao sonho de Rherison. “Ele tinha planos de comprar as coisas”, contou o primo, Alan Lúcio Nantes, 23, que se lembrou de um casamento em Três Lagoas, da qual participou toda a família.

Rherison era solteiro e fazia parte de uma família de quatro irmãos. Ele será sepultado amanhã no cemitério Memorial Park. O homicídio deve ser investigado pela 6ª Delegacia de Polícia, no Jardim Tijuca.

Familiares e amigos participam de velório na Capital (Foto: Marcelo Calazans)
Familiares e amigos participam de velório na Capital (Foto: Marcelo Calazans)
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