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Capital

1º caso de Chikungunya é confirmado e doença pode se propagar na Capital

Edivaldo Bitencourt e Michel Faustino | 17/10/2014 15:36
Mosquito transmissor da dengue pode propagar nova doença na Capital (Foto: Arquivo)
Mosquito transmissor da dengue pode propagar nova doença na Capital (Foto: Arquivo)

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) confirmou o primeiro caso de um paciente infectado com o vírus da Febre Chikungunya, na Capital. No total, houve quatro casos suspeitos. Com a chegada do vírus ao Estado, a nova doença pode se propagar por causa do transmissor, que é o mesmo da dengue, o Aedes aegypti, e causou duas grandes epidemias somente nos últimos quatro anos.

As informações preliminares são de que o vírus tenha acometido um homem de 35 anos, que estava internado em uma clinica particular desde o dia 21 de setembro, e recebeu alta nesta sexta-feira (17). Conforme a secretaria, foram identificados até agora quatro casos suspeitos, sendo dois descartados e um confirmado. A pasta ainda aguarda o resultado de mais um exame.

Segundo a Sesau, não é possível afirmar se o homem contraiu a doença fora do Estado ou na Capital. Inicialmente foi cogitada a hipótese dele ter contraído a doença durante viagem para fora do Estado, porém devido a manifestação "recente" do virus, pode ser que ele tenha sido infectado aqui.

A nova doença assusta porque apresenta os mesmos sintomas da dengue - febre de 39º, dores musculares, dor de cabeça e vômitos. No entanto, ao contrário da primeira, que o sul-mato-grossense está acostumado, os sintomas podem persistir por mais de um ano. A dengue só se manifesta por, no máximo, algumas semanas.

A Febre Chikungunya já chegou a quatro estados com divisa com Mato Grosso do Sul, onde soma 21 casos, conforme balanço divulgado, na quarta-feira (15), pelo Ministério da Saúde. No país, já são 337 registros, 258 a mais que o último levantamento, realizado em 27 de setembro.

Entre os vizinhos de Mato Grosso do Sul, São Paulo lidera o ranking, com 17 casos de importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. No Paraná, são duas notificações e uma, em Goiás.

Dos quatro estados vizinhos, só em Minas Gerais a febre atingiu uma pessoa sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão.

Em Mato Grosso do Sul, segundo a Sesau, dois casos suspeitos foram descartados, após exame laboratorial.

No entanto, com a confirmação do novo vírus, a doença pode se propagar rapidamente na Capital. O Estado teve duas grandes epidemias da dengue nos últimos quatro anos, sendo 82,5 mil casos em 2010 e 102 mil no ano passado.

No País, são 38 casos importados e outros 299 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional. Desses casos, chamados de autóctones, 17 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 274 no município de Feira de Santana (BA), sete em Riachão do Jacuípe (BA) e 1 em Matozinhos (MG).

A doença - A Febre Chikungunya causa febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, a letalidade é rara e menos frequente que nos casos de dengue. O tratamento é feito para combater os sintomas, com analgésico (paracetamol), hidratação adequada e repouso.

Com a confirmação dos casos no Caribe, no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnóstico da doença.

A medida básica de prevenção é o combate aos mosquitos transmissores. As mesmas ações que evitam a dengue são capazes de prevenir também a Chikungunya.

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