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Capital

Abraço simbólico marca mobilização a favor de promotor do Gaeco

Aline dos Santos e Caroline Maldonado | 27/12/2015 11:29
Com mobilização pelas redes sociais, ato reuniu cerca de 100 pessoas em frente ao Gaeco. (Foto: Gerson Walber)
Com mobilização pelas redes sociais, ato reuniu cerca de 100 pessoas em frente ao Gaeco. (Foto: Gerson Walber)

Com mobilização pelas redes sociais, o protesto para que o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira permaneça no comando do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) reuniu cerca de 100 pessoas em frente ao órgão, no Parque dos Poderes, em Campo Grande, na manhã deste domingo.

O ato teve abraço simbólico, discursos no megafone, Hino Nacional e carreata pela avenida Afonso Pena. A saída do promotor do grupo responsável pela operação Coffee Break será esclarecida amanhã à tarde em coletiva no MPE (Ministério Público).

Conforme a assessoria de imprensa do Ministério Público, o pedido para deixar o posto partiu do próprio promotor. Contudo, também há rumores de que a denúncia da operação, elaborada pelo Gaeco, foi considerada inconsistente e gerado conflito entre o procurador-geral de Justiça, Humberto Brites, e Marcos Alex.

Para quem foi à manifestação hoje, o promotor sofreu pressão porque as investigações envolveram políticos. “O Marcos Alex foi perseguido porque é um homem sério. Estava fazendo um trabalho digno, contra pessoas que tem dinheiro e força política. Estou indignado, o prefeito conseguiu voltar, provando o mensalinho dos vereadores”, afirma Ademar Garcia, 60 anos, servidor aposentado do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

A professora Angelina de Souza, 45 anos, que soube da manifestação pelo Facebook, classifica a realidade local como “coronelismo”. “Temos que fazer com que esse tipo de manifestação se multiplique. Estamos sem médicos e educação de qualidade, isso é vergonhoso. O promotor só estava fazendo cumprir a lei, que é o seu trabalho”, diz.

O cabeleireiro Nilton Costa, 39 anos, levou o filho de dez anos para o protesto. “Trouxe porque meu filho comentou, com tão pouca idade, que não confia em nenhum político. A maioria das prefeituras está saqueando dinheiro público. Chegou a hora de movimentarmos, não só contra o governo federal, mas contra os políticos de Campo Grande, pois tem gravações que mostram o que eles fizeram e eles falam que é mentira”, reclama.

A manifestação também teve cartazes com palavras de incentivo ao promotor. O relatório da Coffee Break aponta envolvimento de dois ex-prefeitos, empresários e 13 vereadores na suposta compra de votos para cassar o mandato do prefeito Alcides Bernal (PP),

O documento, deu entrada no começo de dezembro na PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça). Amanhã, durante a coletiva, a expectativa é que seja anunciada a saída de Marcos Alex do Gaeco e o novo indicado para comandar o grupo.

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