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Capital

Ação para recuperar Campo Grande vai custar R$ 12 milhões por mês

Fabiano Arruda e Ítalo Milhomem | 18/04/2011 10:58

Serão 1,5 mil homens e mais de 200 máquinas à disposição

Trabalhadores assistem apresentação da ação nesta manhã. (Foto: João Garrigó)
Trabalhadores assistem apresentação da ação nesta manhã. (Foto: João Garrigó)

O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), anunciou na manhã desta segunda-feira programação de serviços para recuperar a cidade após os estragos causados pelas chuvas. Serão 1,5 mil homens e mais de 200 máquinas à disposição para as ações nas sete regiões urbanas em pelo menos 150 bairros contemplados.

Os trabalhadores atuarão num turno de oito horas de segunda a sexta-feira e no sábado por cinco horas. Serão 740 horas de máquinas em operação, aproximadamente. A Prefeitura não sabe precisar quantos quilômetros de asfalto serão recuperados, pois esta demanda varia em cada região.

Segundo Nelsinho, as obras serão entregues, no máximo, até o dia 26 de agosto, aniversário da Capital. Os investimentos giram em torno de R$ 12 milhões por mês, recursos próprios do município.

O prefeito pediu paciência à população. Disse que pretende estar perto dos trabalhadores para acompanhar as obras.

“A população sabe que nós trabalhamos durante todo o ano, mas no período chuvoso nossa atuação fica prejudicada e, neste ano especificamente, por conta dos altos índices pluviométricos, tivemos muito mais dificuldade de atender às situações críticas registradas em várias regiões da cidade”, observou o prefeito durante o evento.

Os serviços englobam patrolamento, cascalhamento, tapa-buracos, varrição, pintura de meio-fio e limpeza de boca-de-lobo, patrolamento e de iluminação pública. Serão utilizados 134 caminhões, 36 pás carregadeiras, 23 camionetes, 12 motoniveladoras, 11 rolos compactadores e três microtratores.

As ações já começaram nesta segunda-feira pelos bairros Maria Aparecida Pedrossian, Mata do Jacinto, Vila Palmira, Jardim Imá, Santa Fé, Moreninhas I e II, Parati, União I e II, e Universitário. Além disso, as avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, bem como as principais vias transversais da cidade, receberão tapa buraco em caráter emergencial.

A força-tarefa vem para consertar estragos provocados por uma constatação histórica em Campo Grande: o índice pluviométrico neste ano na Capital foi o maior registrado em um século.

Segundo dados da Estação Meteorológica da Anhanguera/Uniderp, em 121 dias (entre dezembro e março) foram 32 dias sem chuva. Neste período, foram batidos dois recordes: a maior acumulada quadrimestral e o maior índice mensal da história da Capital.

A média de chuvas em março é de 14 dias. Em 2011, foram 28 dias. Somente nos três primeiros dias de março, foi registrado o maior índice acumulado da história do mês, com 153 milímetros. A média é de 15,7 mm.

A questão das crateras, uma das evidências do que representa a força da chuva neste ano, não entrarão nas ações anunciadas, pois devem ser reparadas com recursos federais.

Mutirão começou hoje. Região do Universitário já recebeu limpeza nesta manhã.
Mutirão começou hoje. Região do Universitário já recebeu limpeza nesta manhã.

Transtornos - A ausência de recursos federais para Campo Grande voltou a ser tema das entrevistas de Nelsinho e do governador André Puccinelli (PMDB) nesta segunda-feira.

Trad destacou que tem cumprido agendas em Brasília (DF) para reivindicar recursos, mas que não tem recebido “um centavo a mais”.

O chefe do Executivo Municipal revelou alguns transtornos em sua administração por conta das obras paradas pela ausência de verbas da União. Ele disse que sofre cobranças do Ministério Público Estadual por conta de obras inacabadas pela ausência dos recursos.

Esperança - Presente no evento, o líder da região do Córrego Segredo e presidente do bairro Monte Carlo, Passin Brites Catarinelli, falou do sofrimento dos bairros com as chuvas, principalmente, com os buracos. Ele afirmou que espera que as obras resolvam o problema, caso contrário, ameaçou fazer manifestações.

Já Gris Marinho Pereira, presidente do Conselho Regional da região do Bandeira, considera que o tapa buraco é uma situação paliativa. “Na avenida Guaicurus teve bastante tapa buraco, mas não resolve o problema”, opinou.

Participaram do evento do lançamento de obras da Prefeitura nesta manhã o governador André Puccinelli, o senador Waldemir Moka e o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Paulo Siufi, do PMDB, além de secretários do Estado e município, vereadores e deputados estaduais.

No local do lançamento das obras, os trabalhadores, já uniformizados, estiveram presentes.

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