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Capital

Acusada de pirâmide financeira, Telexfree protesta nas ruas da Capital

Mariana Lopes e Jéssica Benitez | 28/06/2013 14:40
(Foto: Cleber Gellio)
(Foto: Cleber Gellio)

Aproximadamente 100 manifestantes ocupam a Praça do Rádio, na região central de Campo Grande, na tarde desta sexta-feira (28), e protestam contra uma decisão judicial anunciada na semana passada que suspendeu as atividades da Ympactus Comercial Ltda, mais conhecida como Telexfree, em todo o Brasil.

A empresa vende um programa de computador chamado Voip, que permite ligações locais, de DDD e DDI ilimitadas e, para tornar o serviço conhecido, oferece dinheiro para internautas criarem anúncios gratuitos na web.

Nos materiais de divulgação, a propaganda é de enriquecimento fácil as pessoas que estão prestando um serviço, elas geram um crédito virtual aos divulgadores. Esse crédito é convertido em dólar. As pessoas estão reclamando que esses recursos estão sendo desviados das contas.

Os manifestantes são os próprios divulgadores da Telexfree. A juíza Thaís Khalil, do Acre, proibiu a empresa de realizar novos cadastros de divulgadores e efetuar pagamentos aos já cadastrados, até o julgamento final da ação principal, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.

Nesta sexta-feira (28), o Ministério da Justiça abriu processo administrativo contra a Telexfree por indícios de formação de pirâmide financeira e a tem 10 dias para se defender. Caso seja comprovada a fraude, a Telexfree poderá ser multada em até R$ 6 milhões.

Da Praça do Rádio, o grupo segue pela avenida Afonso Pena até o Fórum de Campo Grande, onde pedem a atenção do Ministério Público Estadual para atender a reivindicação dos manifestantes, que pedem uma legislação do marketing multinível.

Segundo os manifestantes, 9 capitais brasileiras estão em protesto nesta sexta-feira pela mesma causa e o intuito é mobilizar todo o País. No total, são 1,4 milhão de divulgadores no Brasil. No Mato Grosso do Sul, são 50 mil, e em Campo Grande são 10 mil divulgadores da Telexfree.

De acordo com o divulgador Luciano Pereira, 34 anos, por semana ele perde de ganhar U$ 300. “Mas o governo também perde, porque até hoje já pagamos R$ R$ 170 milhões em impostos”, pontua Luciano.

O negócio configura pirâmide porque para participar, o colaborador tem de pagar uma taxa de adesão e comprar um "kit" que o habilita à função. Depois, passa a ganhar comissão a cada novo membro.

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