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Capital

Acusado de matar delegado morava em estância luxuosa, diz testemunha

Bruno Chaves e Viviane Oliveira | 21/11/2013 16:14
Freires é acusado de ser o pistoleiro que executou delegado em junho deste ano (Foto: Marcos Ermínio)
Freires é acusado de ser o pistoleiro que executou delegado em junho deste ano (Foto: Marcos Ermínio)

Testemunhas de acusação na primeira das três audiências sobre o assassinato do delegado aposentado Paulo Magalhães, afirmaram que José Moreira Freires, 40 anos, apontado como o executor do policial, vivia em uma estância luxuosa nas proximidades da Avenida Três Barras, mesmo sendo guarda municipal e tendo uma renda de cerca de R$ 1 mil por mês.

Policiais que serviram de testemunhas de acusação contaram ao promotor de Justiça Humberto Lapa Ferri, responsável pelo caso, que a casa contava com piscina, tanque de peixes e era considerada de alto padrão se comparada as demais residências da região.

O guarda municipal Diogo de Carvalho Valência, 26, que também serviu de testemunha de acusação, contou que morava em uma edícula dessa estância. Além dele, a casa era habitada por Freires, pela esposa e duas filhas do casal. Diogo não contou se morava de favor ou se pagava um aluguel pelo espaço.

Ele também lembrou que trabalhava com Freires em uma escola agrícola. Os dois são guardas municipais. Ao responder os questionamentos do promotor, Diogo disse que o salário líquido de um guarda municipal gira em torno de R$ 1 mil.

Já os policiais que deram testemunhos durante a audiência lembraram que a residência é avaliada em cerca de R$ 400 mil. Eles também revelaram que a esposa de Freires é professora de libras e que o réu acumulava dois empregos. Além de ser funcionário público, Freires era chefe de segurança de uma empresa da cidade. Para as testemunhas, a família do réu não tinha condições de manter uma chácara de alto padrão.

Mais questionamentos – Ainda durante o depoimento de Diogo, o promotor questionou a informação de troca de plantões dos guardas no dia do crime. Paulo Magalhães foi assassinado a tiros no dia 25 de junho em frente à escola onde a filha estudava, na Rua Alagoas, no Jardim dos Estados, em Campo Grande.

No dia da execução, o guarda municipal acusado de ser pistoleiro estava de plantão na escola e pediu uma troca para o amigo. Humberto ainda contou que em agosto, no dia em que o mandado de busca e apreensão na casa de Freires, o plantão também foi trocado.

Freires sabia do mandado, de acordo com o promotor, e pediu para trocar de plantão com Diogo no meio do expediente. O réu então passou na estância, pegou uma muda de roupas e fugiu com uma pessoa que foi buscá-lo. A mulher de Freires só soube dizer que o carro era preto e “bom”, se referindo a um veículo de alto valor.

Também em depoimento, Diogo afirmou que antes de ser guarda municipal, Freires era garçom e trabalhava em restaurantes. (Matéria editada às 17h03 para correção de informação).

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