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Capital

Acusado de matar mulher é solto e ameaça família, que pede Justiça

Filipe Prado e Francisco Junior | 26/09/2014 17:55
Cerca de 20 familiares pediram justiça em frente ao fórum (Foto: Marcelo Victor)
Cerca de 20 familiares pediram justiça em frente ao fórum (Foto: Marcelo Victor)

Os familiares de Dayane Silvestre Uliana, 26 anos, morta com três tiros na cabeça pelo ex-marido Júlio César Martins Ferreira, 38, fizeram um protesto na tarde de hoje (26) em frente ao Fórum Heitor Medeiros em Campo Grande contra a liberdade do acusado. O pai da vítima afirmou que ele foi solto no começo desta semana e voltou a ameaçar a família.

Com cerca de 20 pessoas, os familiares, munidos com narizes de palhaço, levaram fotos de Dayane e cartazes com os dizeres: “Quando a sociedade se cala, a impunidade ganha voz” e “Justiça”. O aposentado João Batista, 53, alegou que recebeu uma carta, após a soltura do acusado, com ameaças a ele e à família.

“Vocês todos vão morrer”, revelou o pai da vítima sobre o conteúdo da carta. Indignados, eles ainda reclamaram sobre a tensão que estão vivendo. “Depois da ameaça, vivemos tensos, com medo de encontrar ele na rua”, comentou João.

O irmão de Dayane, o vidraceiro Douglas Silvestre, 24, saiu do emprego, pois teve medo de encontrar o ex-cunhado. A mãe da vítima acabou desmaiando durante o protesto, por conta da emoção.

A mãe de Dayane desmaiou e precisou ser socorrida pelos familiares (Foto: Marcelo Victor)
A mãe de Dayane desmaiou e precisou ser socorrida pelos familiares (Foto: Marcelo Victor)

João Batista contou que Dayane viveu um relacionamento com Júlio por quatro anos, sendo que dois foram de casados. Ele afirmou que ela sofreu vários abusos sexuais, físicos e viveu em cárcere privado.

Durante o relacionamento, ela teve um filho com Júlio, atualmente com dois anos. Depois da separação, ela voltou para casa dos pais, mas foi morta quatro meses depois. “Ele ameaçou a nossa família, caso ela contasse. Disse que ia matar os irmãos, os pais e depois ela”, comentou João.

A família encaminhou a carta com a ameaça para a delegacia e João alegou que ela foi anexada ao processo da morte. “Eu tenho medo que ele cumpra essa promessa”, desabafou o pai da vítima.

Crime – No dia 4 de janeiro deste ano, Dayane dirigia um Chevrolet Corsa quando foi surpreendida pelo ex-marido com três tiros. A vítima foi socorrida e encaminhada para o Posto de Saúde do Bairro Guanandi, mas não resistiu aos ferimentos.

O homicídio aconteceu no cruzamento na Avenida Manoel da Costa e Lima, próximo à Escola Adair de Oliveira.

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