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Capital

Acusado se aproveitou de "onda" para espalhar terror, afirma secretário

Nícholas Vasconcelos e Paula Maciulevicius | 16/03/2013 17:14
Secretário afirma que preso hoje se aproveitou de outros ataques para incendiar carros. (Foto: Marcos Ermínio)
Secretário afirma que preso hoje se aproveitou de outros ataques para incendiar carros. (Foto: Marcos Ermínio)
Material e canivete apreendidos com acusado de ataques. (Foto: Marcos Ermínio)
Material e canivete apreendidos com acusado de ataques. (Foto: Marcos Ermínio)

Estevão de Oliveira Alves, 32 anos, preso neste sábado (15) acusado pelos ataques a veículos, veio de Ponta Porã, cidade na fronteira com o Paraguai, para Campo Grande, e se aproveitou dos atentados anteriores para cometer novos crimes. A informação é do secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, que concedeu entrevista coletiva na tarde de hoje.

Jacini descarta a ligação de Estevão com a organização criminosa que age dentro dos presídios. “Esta é a vertente dos aproveitadores, dos oportunistas. Estão sendo realizadas diligências para construir esta vertente”, afirmou o secretário. Estevão agiu sozinho em todas as ações, segundo a Polícia. No entanto, ainda está sendo investigado se ele agia a mando de alguém.

O acusado foi preso por rua General Sampaio, na Vila Planalto, logo após incendiar um caminhão no mesmo bairro. Com eles, os policiais encontraram uma jaqueta, luvas, uma garrafa de alcool, isqueiro e um canivete, que foi roubado do proprietário do último caminhão. No momento da abordagem, Estevão exalava forte cheiro de combustível.

O suspeito é acusado é de queimar a Toyota Hilux, o Gol, a camionete que vendia frutas na Praça das Araras, a Montana e dois caminhões tipo munk. Câmeras de segurança gravaram o momento em que Estevão incendiou a camionete Hilux e fugiu em seguida. Para a Polícia, ele confirmou ser a pessoa que aparece nas imagens.

De acordo com o delegado do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), Alberto Vieira Rossi, o acusado cortava a mangueira de combustível dos veículos em seguida ateava fogo. Ele ainda está detido na delegacia, onde presta depoimento.

“As provas recolhidas, desde ontem, apontam para a autoria dele nestes cinco (carros)”, afirmou o secretário Jacini. Testemunhas já foram ouvidas pela Polícia e as investigações devem continuar.

Ataques – A onda de ataques começou na madrugada de quarta-feira (13), quando uma carreta que estava estacionada na Praça do Rádio Clube foi atacada.

Na noite de quarta-feira, cinco carros que estavam estacionados próximos das Igrejas São José e Santo Antônio e na avenida Afonso Pena foram alvo dos bandidos. Eles tiveram as mangueiras de combustível cortadas e em seguida, incendiados.

Já na quinta-feira (14), duas motos que estavam estacionadas na esquina da rua 15 de Novembro com a Travessa do Padre, ao lado da Igreja Santo Antônio, tiveram as mangueiras de combustível cortadas.

Outras duas motos foram alvo dos ataques na noite de ontem. Uma delas estava estacionada na Travessa do Padre, no mesmo local da ocorrência na noite anterior, e outra em frente à Praça do Rádio Clube.

Na madrugada de hoje, um caminhão foi queimado na frente da delegacia de Polícia Civil de Sidrolândia.

Operação - Desde as 4h30 de hoje, cerca de 20 delegados estão nas ruas e 25 mandados de busca e apreensões estão sendo cumpridos desde às 6h. Até o momento, três suspeitos foram presos.

Até o fim da manhã, a informação era de que três suspeitos já tinham sido presos: em Campo Grande, Três Lagoas e Corumbá. Como os mandados de busca estão sendo cumpridos nestas cidades, o número de detidos deve ser maior.

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