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Capital

Adalberto Siufi entra na Justiça contra promotora por calúnia

Paula Maciulevicius | 13/05/2013 10:42
Promotora Paula Volpe afirmou que a ação é uma estratégia para desviar o foco da investigação em cima da saúde pública. (Foto: Arquivo/Vanderlei Aparecido)
Promotora Paula Volpe afirmou que a ação é uma estratégia para desviar o foco da investigação em cima da saúde pública. (Foto: Arquivo/Vanderlei Aparecido)

O médico oncologista Adalberto Abrão Siufi entrou na Justiça contra a promotora do MPE (Ministério Público Estadual), Paula Volpe, por calúnia em relação a afirmação de que ele teria desviado dinheiro do Hospital do Câncer. Segundo o processo, a declaração dada pela promotora à imprensa em março deste ano, depois da operação da Polícia Federal “Sangue Frio”.

No processo, Siufi pede à promotora que esclareça as afirmações feitas. A ação, qualificada como “crime contra a honra”, corre pela segunda instância do Tribunal de Justiça como medida preparatória para uma possível ação penal privada contra a promotora.

Em 18 de março, a PF (Polícia Federal) deflagrou a operação Sangue Frio, que apreendeu documentos nos hospitais, clínica particular e na residência do ex-diretor-geral do Hospital do Câncer, Adalberto Abrão Siufi. A suspeita é que o setor de radioterapia foi desmontado na rede pública para privilegiar empresas. Atualmente, o serviço é oferecido no Hospital do Câncer, na clínica Neorad, de propriedade de Siufi, e no HU, que retomou o atendimento depois de cinco anos com as portas fechadas.

Adalberto Siufi está afastado temporariamente do Hospital do Câncer desde o último dia 7.

No processo, Siufi pede à promotora que esclareça as afirmações feitas de que ele teria desviado dinheiro. (Foto: Marcos Ermínio)
No processo, Siufi pede à promotora que esclareça as afirmações feitas de que ele teria desviado dinheiro. (Foto: Marcos Ermínio)

A promotora Paula Volpe afirmou que respondeu aos questionamentos feitos pelo ex-diretor do Hospital do Câncer e que a ação interpelada por ele é uma estratégia para desviar o foco da investigação em cima da saúde pública.

“Ele entrou realmente por causa de uma declaração. Eu respondi que quem devia satisfação à Justiça era ele e não eu, que era investigado por vários órgãos. E que o que eu teria dito é que se for comprovado o desvio de verba pública eu vou ajuizar uma ação para que seja ressarcido aos cofres públicos”, reforçou.

A promotora disse ainda que não vai entrar com ação contra o médico e de que está focada na investigação em cima do Hospital do Câncer.

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