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Capital

Administradora se recupera de doença rara que assombra o Nordeste

Michel Faustino | 07/11/2015 17:50
 Jorgethe se recupera bem, mas ainda tem dificuldades para andar por conta da doença. (Foto: Arquivo Pessoal)
Jorgethe se recupera bem, mas ainda tem dificuldades para andar por conta da doença. (Foto: Arquivo Pessoal)

Há aproximadamente um mês, a administradora de empresas Jorgethe Oliveira Saraiva, 45 anos, começou a reclamar de fraqueza nas pernas e fortes dores na barriga. No entanto, foi um principio de infecção urinária que a levou até o hospital onde ela foi diagnosticada com uma doença rara conhecida como Síndrome de Guillain-Barré, que já matou ao menos uma pessoa no Nordeste este ano. Em Mato Grosso do Sul ainda não há registros oficiais sobre os números de casos.

O estudante Kelvyn Saraiva Batista, 19 anos, filho de Jorgethe, conta que o diagnostico preocupou a família. “Até então a gente nunca tinha ouvido falar dessa doença. A gente ficou muito assustado, porque pelo que foi dito pra gente era uma doença terrível e poderia acontecer algo pior”, comentou.

Kelvyn conta que a mãe ficou internada por 15 dias no hospital El Kadri, em Campo Grande e, felizmente, reagiu bem e recebeu alta na última semana. Apesar das boas perspectivas de recuperação, Jorgethe ainda tem dificuldades para caminhar e precisa de auxílio de um andador e ou cadeira de rodas.

Fatalidade e preocupação - Na sexta-feira (06) a jovem Lediane da Silva, 26 anos, por conta da doença. A jovem sul-mato-grossense que morava em Paratinga, no Mato Grosso, estava internada desde o último dia 02 de outubro em um hospital de Rondonópolis, mas não resistiu e acabou falecendo.

De acordo com o médico infectologista Rivaldo Venâncio a síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano e pode evoluir de outras doenças como a dengue, zika, influenza, sarampo ou qualquer outra infecção sistemática.

O infectologista ressalta que apesar de poder evoluir da doença, os sintomas não são os mesmos da dengue, sendo que a Guillain-Barré afeta em sua maioria o sistema neurológico.

Venâncio alerta que a doença não tem uma causa definida. Normalmente o paciente pode apresentar, algumas semanas antes da doença se instalar quadros de infecção. Não há registros, ao menos recentes, de casos da doença em Mato Grosso do Sul.

Nordeste em alerta – Casos da doença rara têm colocado as autoridades de saúde de alguns estados do Nordeste brasileiro em alerta.

Na Bahia, foram registrados 50 casos da doença neste ano. Também foram registrados 14 casos no Maranhão e seis na Paraíba, onde uma pessoa morreu.

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