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Capital

Adolescente confessa crime, mas diz que matou ao sofrer assédio sexual

Juliana Brum | 27/07/2015 16:33
Jovem fala com naturalidade a respeito das facadas dada em motorista e afirma que foi em legítima defesa ( Foto - Fernando Antunes)
Jovem fala com naturalidade a respeito das facadas dada em motorista e afirma que foi em legítima defesa ( Foto - Fernando Antunes)

O adolescente de 16 anos apresentou-se à polícia, na tarde desta segunda-feira (27), e confessou o assassinato do motorista de ambulância Sebastião Ribeiro Coutinho, 59 anos, em frente ao bar do Papai, no Bairro Nova Lima. No entanto, ele justificou-se dizendo que matou para se defender de assédio sexual. O assassinato ocorreu na madrugada do dia 5 de julho.

Segundo o delegado Alexandre Amaral Evangelista, o adolescente foi identificado pelo SIG (Setor de Investigações Gerais), após uma foto entregue por uma fonte que ajudou a chegar às testemunhas do assassinato. Após as investigações, três rapazes se apresentaram de livre espontânea vontade para prestar esclarecimento sobre o crime.

O garoto de 16 anos afirmou que a vítima sentou na mesa em que ele e mais seis amigos estavam e pagou cerveja para todos. Logo após, o jovem pediu um cigarro para Sebastião, que o convidou para ir buscar no carro. Chegando no automóvel, o rapaz conta que o motorista o convidou para dar uma volta de carro. No entanto, ele negou e perguntou o motivo do "rolê". Sebastião, segundo o relato do acusado, afirmou que desejava manter relações sexuais com ele.

O adolescente se negou, foi ameaçado de morte e pego a força pelo braço. Neste momento, segundo relato feito à Polícia Civil, ele começou a lutar com motorista, quando sacou uma faca de serra e deu dois golpes na vítima. Ele também admitiu que chutou Sebastião.

O jovem, que já tem passagem pelo furto de moto há 4 meses, será encaminhado para a Deaij (Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Juventude), onde o caso será investigado.

Sebastião Coutinho estava acompanhado de colega, que prestou depoimento e negou qualquer interesse sexual dele pelo garoto. No entanto, o amigo não viu quando a vítima foi para o carro com o adolescente. O delegado disse que o amigo estava no banheiro no momento do crime.

Se comprovada a versão do adolescente, o caso, agora tratado como homicídio, poderá ser tratado como legítima defesa.

Caso - Na madrugada do dia 5, a Polícia Militar foi acionada para ir até o Bar do Papai, localizado no Nova Lima, onde Sebastião foi esfaqueado. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas a vítima morreu no local.

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