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Capital

Adolescente que cumpre medida na Unei é diagnosticada com zika vírus

Natalia Yahn | 15/01/2016 09:13
Focos do mosquito que transmite a dengue, Aedes aegypti. (Foto: Fernando Antunes / Arquivo)
Focos do mosquito que transmite a dengue, Aedes aegypti. (Foto: Fernando Antunes / Arquivo)

Uma adolescente de 14 anos que cumpre medida socioeducativa na Unei (Unidade Educacional de Internação) Feminina Estrela do Amanhã, em Campo Grande, foi diagnosticada com zika vírus.

A diretora em exercício da unidade, Lina Maria de Arruda Silva, explicou que a jovem está no local há aproximadamente 30 dias. “Ela cumpre medida provisória e vai aguardar os 45 dias de internação para que seja definida a sentença. Não sabemos se ela já estava doente antes de vir pra cá ou não”.

A adolescente foi atendida em uma unidade de saúde municipal, não revelada pela Unei por motivos de segurança. “Quando é preciso as meninas são levadas para um dos postos que ficam próximos a unidade, que são os os dos bairros Mata do Jacinto, Nova Bahia ou Coronel Antonino”, disse.

Apesar da doença não ter sido confirmada por exames, o estado clínico da jovem levou ao diagnóstico e por isso, de acordo com a diretora da Unei, ela recebe tratamento para zika vírus.

Atualmente quatro jovens cumprem medida socioeducativa no local, que tem focos de dengue. “O prédio da Unei fica em uma área com muita incidência do mosquito, além da questão dos terrenos baldios e da chuva. Os focos existem, mas estamos cuidando para resolver o problema”, afirmou a diretora.

Dados – Ontem (14) foi divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), o primeiro boletim epidemiológico do ano, que apontou somente quatro municípios com alta incidência de dengue. Mesmo assim os números mostraram um aumento de 839% do que o identificado no mesmo período de 2015, conforme relatório da época.

Somente na primeira semana de janeiro, entre os dias 3 e 9 de janeiro, foram notificados 1.785 casos suspeitos da doença.

Na mesma semana de janeiro do ano passado, foram identificados apenas 190 casos suspeitos. O ano de 2015 fechou com 74 municípios acusando alta incidência de dengue. Iguatemi, Sonora e Selvíria estavam no topo da lista em número de casos registrados e Campo Grande aparecia na 41ª posição.

Já nesta primeira lista, a Capital ocupa o 20º lugar, apresentando baixa incidência da doença e as cidades de Caracol, Nioaque, Bonito e Coxim são as únicas com alta incidência.

Mortes – Na Capital, a morte de uma criança de oito anos está sob investigação que, apesar de ter sido diagnosticada com dengue clássica, também apresentava cardiopatia congênita, segundo a secretaria municipal de Saúde. No entanto, a família nega o problema.

Na quarta-feira (13), uma adolescente de 16 anos morreu com suspeita de dengue. Karolina Ribeiro Soares Rodrigues, chegou a ser atendida duas vezes no CRS (Centro Regional de Saúde) do Coophavilla, e morreu após ser levada para o HR (Hospital Regional).

Em 2015, foram notificados 46.070 casos de dengue e 17 mortes em todo o Estado. Dois óbitos ainda são investigados, um em Caarapó e outro em Ponta Porã.

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