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Capital

Adolescentes incendiaram ônibus em posto de combustíveis por R$ 500

Jovens revelaram que ordens vieram de detento da Máxima e que mais ataques seriam realizados

Nyelder Rodrigues | 20/04/2016 22:54
Incêndio destruiu ônibus e ainda passou para caminhão que estava estacionado ao lado (Foto: Marcos Ermínio)
Incêndio destruiu ônibus e ainda passou para caminhão que estava estacionado ao lado (Foto: Marcos Ermínio)

Dois adolescentes de 16 anos que seriam os autores do incêndio em um ônibus da associação de militares Grêmio 8 de Abril, ocorrido na madrugada de terça-feira (19) em Campo Grande, foram apreendidos nesta quarta-feira (20) pela Polícia Civil. Em depoimento, eles confirmaram terem recebido ordens de um detento da Máxima e que ganhariam R$ 500 por veículo queimado.

Segundo o delegado de plantão, Hoffman Dávila, os adolescentes planejavam cometer outros atentados em Campo Grande. A dupla foi apreendida em flagrante na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga após apuração realizada pela equipe de investigações da 5ª DP (Delegacia de Polícia Civil) e do DPC (Departamento de Polícia da Capital).

O incêndio de terça-feira (19) aconteceu em um posto de combustíveis na avenida Guaicurus, bairro Universitário, onde o veículo estava estacionado. Além do ônibus, que ficou destruído, um caminhão também foi atingido e ficou parcialmente danificado.

"Diante da vida pregressa desses adolescentes, que são autores de roubos, tráfico de drogas, receptação, e planejavam cometer mais crimes ainda, fiz a apreensão em flagrante deles por incêndio, associação criminosa e corrupção de menores", explica o delegado Hoffman, acrescentando que o nome do mandante ainda não pode ser revelado.

Com esse caso, chega a seis o número de apreensões de adolescentes envolvidos em ataques ordenados por detentos da Máxima. Os outros jovens têm 17, 15 e dois deles 14 anos.

Cinco adultos já foram presos, três deles com 20 anos, um com 18 e apenas um, mais velho, de 38. Josiel Aparecido Lemos da Silva, 19, segue foragido. Um mandante, já identificado, é o detento Bruno de Melo Garcia, de 19 anos.

Além disso, seis agentes penitenciários foram intoxicados na manhã desta quarta-feira (20) no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima, acredita-se, por detentos. Eles ingeriram no café chumbinho usado como veneno para matar ratos. Os servidores passam bem e não correm risco de morte. A previsão é de que todos tenham alta em dois dias.

A motivação para que os criminosos tenham ordenado os atentados é uma operação pente-fino feita pelos agentes penitenciários recém formados pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) no curso de incursão rápida em presídios, que encontrou 71 celulares, chips e várias porções de drogas, além de outros objetos proibidos no presídio.

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