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Capital

Advogado espera pena máxima para os assassinos do empresário Erlon Bernal

Renan Nucci | 14/03/2015 08:35
Réus do processo foram ouvidos em janeiro. (Foto: Marcelo Calazans)
Réus do processo foram ouvidos em janeiro. (Foto: Marcelo Calazans)
Oton Nasser é o advogado da família do empresário Erlon, morto em abril do ano passado. (Foto: Marcelo Calazans)
Oton Nasser é o advogado da família do empresário Erlon, morto em abril do ano passado. (Foto: Marcelo Calazans)

O advogado da família do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, assassinado friamente aos 32 anos no dia 1º de abril de 2014, espera que os quatro envolvidos no crime recebam pena máxima. Para Oton Nasser, os criminosos são indivíduos de alta periculosidade, reincidentes, e podem oferecer risco à comunidade caso voltem logo para as ruas. A sentença final deve ser proferida nos próximos dias.

Nasser explica que o processo foi encaminhado ao juiz no último dia 10, e que o magistrado tem um prazo legal de 30 dias para dar a condenação, podendo haver prorrogação. “Ele pode pedir mais tempo para avaliar levando em consideração a complexidade, como quantidade de réus e a participação de cada um deles no caso. Isso sem mencionarmos que ele também tem outros processos em caráter de urgência para avaliar, mas de modo geral, está tudo dentro do prazo previsto”, detalhou o advogado.

O modo como Thiago Henrique Ribeiro, 21 anos, Rafael Diogo, 24, Jefferson dos Santos Souza, 21, e uma adolescente de 17 anos tiraram a vida de Erlon, os coloca como perigosos em potencial, considera o advogado. “Não foi um fato isolado. Eles agiram como uma quadrilha, planejando a execução de Erlon que não foi a primeira vítima, por isso, tenho certeza que se voltarem às ruas vão continuar cometendo crimes”, alega.

Levando em conta seu conhecimento e o risco oferecido pelos autores, ele espera que os quatro recebam a maior pena possível. “Houve diversos agravantes e espero que haja acumulação das penas pelo roubo, homicídio, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menor que cometeram. O anseio é que seja uma pena de 40 a 45 anos, mas, claro, tudo vai depender do entendimento do juiz”, concluiu.

Crime– Segundo consta nos autos do processo, Thiago marcou encontro com Erlon na rotatória das avenidas Interlagos com Gury Marques, no Bairro Doutor Albuquerque, na saída para São Paulo, dia 1º de abril do ano passado. Ele queria comprar o Golf anunciado pela vítima, e a convenceu a levar o carro até a casa onde ocorreu o latrocínio, no São Jorge da Lagoa.

Na residência, Erlon se encontrou com Rafael Diogo, o Tartaruga, e a adolescente de 17 anos. Ele ficou aguardando um parecer dos bandidos que queriam comprar o veículo por R$ 38 mil. Thiago entrou na casa, pegou um revólver emprestado por Jefferson e atirou na nuca da vítima que não teve tempo de reagir.

Ainda vivo, o empresário teve o corpo enterrado em uma fossa de 4,5 metros, no quintal do imóvel. O buraco foi coberto com terra, entulho e restos de vegetação. Dias depois, vizinhos sentiram o odor vindo da fosse descoberta e acionaram a polícia. Todos os acusados foram encontrados e presos.

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