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Capital

Advogado quer garantia de que suspeito de matar professor será solto após depor

Ricardo Campos Jr. | 17/03/2015 16:35
Bruno foi morto na escola em que trabalhava (Foto: arquivo pessoal)
Bruno foi morto na escola em que trabalhava (Foto: arquivo pessoal)

O advogado Marcos Ivan negocia com a Polícia Civil a apresentação de Francimar Câmara Cardoso, suspeito de matar o técnico de informática e professor Bruno Soares Santos, de 29 anos. Ele garante que só deve providenciar a ida do cliente na 1ª DP, onde o caso é investigado, quando obtiver sinal de que será solto após depoimento, aguardando o desfecho do inquérito em liberdade.

A Justiça já decretou a prisão temporária do suspeito. Uma vez cumprida, a detenção é válida durante 30 dias. Marcos disse que a intenção é que não haja a conversão em prisão preventiva, que vale por tempo indeterminado. Em entrevista ao Campo Grande News, o advogado considerou precipitada a solicitação feita pela polícia e diz que o cliente dele está em uma cidade próxima a Campo Grande.

Francimar, segundo Marcos, tem endereço e trabalho fixos, além de uma ficha sem antecedentes. Afirma ainda que o técnico em automação bancária confirma a tese da polícia de que o homicídio ocorreu em razão de uma crise de ciúmes desencadeada por um suposto abuso que Bruno teria cometido contra a mulher do suspeito.

O caso aconteceu no dia 23 de fevereiro e está sob investigação na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). A vítima registrou a ocorrência na semana passada e a polícia investiga porque ela demorou tanto tempo para procurar ajuda. O inquérito ainda estava em fase inicial e continuará mesmo após a morte de Bruno, já que o caso foi o pivô do homicídio.

Segundo a história contada pela colega de trabalho de Bruno, ele a teria agarrado em um ponto de ônibus e a arrastado até um corredor abandonado na Rua Maracaju, onde os abusos teriam ocorrido.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, em 2010, três pessoas registraram boletins de ocorrência contra o técnico de informática.

No primeiro caso, de ato obsceno, o registro informa que ele parou o automóvel, um GM Corsa preto de quatro portas, e pediu informações para uma jovem de 21 anos que aguardava no ponto de ônibus na Rua Presidente Café Filho, no Bairro Almeida Lima. Quando ela se aproximou, ele mostrou o órgão genital e disse palavras de baixo calão, indo embora em seguida.

Em junho, na região da Vila Planalto, na Avenida Júlio de Castilho, teria abordado uma moça também de 21 anos e a forçado a entrar em seu carro, tentando beijá-la à força. Ela conseguiu tirar a chave da ignição e fugir – caso registrado como importunação ofensiva ao pudor. Em outubro, voltou a mostrar seu órgão, desta vez para duas adolescentes que transitavam pela Júlio de Castilho, cruzamento com a Barão de Ladário, na Vila Sobrinho.

Ele não foi intimado ou preso porque os atos cometidos foram entendidos como “de menor potencial ofensivo”, alega a Polícia. A delegada explica que a importunação ofensiva ao pudor nem chega a ser crime. “É uma contravenção penal e por isso não leva a prisão. É feito um termo circunstanciado e o caso é encaminhado para o juizado especial”, explicou.

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