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Capital

Agente penitenciário já havia recebido ameaças de facções criminosas

Paula Vitorino | 31/10/2011 12:04

Agente foi baleado com tiros nesta manhã. Ele estava de licença e voltou para trabalho há cerca de uma semana

Agente foi baleado quando abriu portão para saída dos presos. (Foto: Simão Nogueira)
Agente foi baleado quando abriu portão para saída dos presos. (Foto: Simão Nogueira)

O agente penitenciário Hudson Moura da Silva, de 34 anos, que foi vítima de atentado nesta manhã, já foi alvo de ameaças de integrantes de facções criminosas. A informação é do diretor do presídio de regime aberto – Vila Sobrinho, Mauro Cesar Levarman, onde Hudson é agente.

As ameaças aconteceram há cerca de 2 anos, quando o presídio funcionava no bairro São Francisco. Na época, o agente fez a apreensão de um aparelho celular que estava com um preso integrante de uma facção criminosa.

“Fizeram ameaças de morte na época, mas nos últimos meses não havia informação de que ele estava sofrendo algum tipo de ameaça”, diz Mauro.

Ele também esclarece que até o momento não há nenhum indício de que o atentado desta segunda-feira (31) tenha ligações com as ameaças feitas há 2 anos.

“Não tem nada que ligue um caso ao outro. O que aconteceu hoje pode ser um fato isolado”, frisa.

Hudson foi baleado com dois tiros, no peito e ombro direito, por volta das 5h30. Ele foi alvejado no momento em que abria o portão para a saída dos detentos, que dormem no presídio e durante o dia retornam para suas casas.

A informação preliminar é de que dois homens chegaram em uma motocicleta e dispararam. A arma utilizada é calibre ponto 40, que é de uso restrito da Polícia.

Firme - Mauro ressalta que Hudson é um agente “100% correto” e sempre foi “firme”. Ele é funcionário do sistema penitenciário há 11 anos e neste ano ficou afastado por 6 meses devido uma cirurgia. O agente voltou ao trabalho há cerca de uma semana.

Hudson está passando por cirurgia na Santa Casa e a informação dos colegas de trabalho é de que seu estado é grave. Uma das balas teria perfurado o intestino.

Nenhum suspeito do crime foi preso até o momento. O caso foi registrado durante o plantão da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.

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