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Capital

Agente penitenciário morto era querido pelos alunos e bem visto por presidiários

Mendonça dava aula em curso técnico desde abril do ano passado

Juliene Katayama e Renan Nucci | 11/02/2015 11:35
Presidiário disse que agente morto era bem visto até pelos detentos (Foto: Marcelo Calazans)
Presidiário disse que agente morto era bem visto até pelos detentos (Foto: Marcelo Calazans)

O agente penitenciário Carlos Augusto Queiroz de Mendonça, 44 anos, morto nesta terça-feira (11) na frente do Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado de Campo Grande vai deixar saudades não apenas aos familiares, mas entre os alunos do curso técnico, colegas de trabalho e até para os presidiários.

O presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), André Luiz Garcia Santiago, lembrou que o servidor nunca teve problemas de comportamento. “Sempre foi um servidor exemplar, nunca teve problemas”, afirmou.

O delegado da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, Bruno Henrique Urban, disse que o servidor tratava todo mundo igualmente, inclusive os detentos. “Independente de quem fosse ele tinha um fino trato”, ressaltou.

Até o detento Gil, de 53 anos, fez elogios a Mendonça. Ele que é auxiliar de cozinha disse que o agente era “bem visto até pelos detentos”.

Mas um lado que poucos conheciam era o Carlo Augusto, o professor. Os alunos dos cursos de automação industrial e eletrotécnica prometem protestar no velório do agente penitenciário. Ele dava aula desde abril do ano passado pelo Pronatec na Uniderp-Anhanguera. “O WhatsApp dos grupos de estudo está bombando, ele era muito querido por todos”, disse um aluno que não quis se identificar.

Este aluno também revelou que o professor “via muita coisa lá (presídio), mas que não comentava porque não valia a pena”. Apesar disso, o estudante disse que Mendonça não aparentava sofrer ameaças.

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