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Capital

Agentes comunitários de saúde receberão 14º dividido em dez parcelas

Ricardo Campos Jr. e Michel Faustino | 05/03/2015 18:20

Os agentes comunitários de Campo Grande terão um 14º salário dividido em dez parcelas de R$ 110 que serão pagas a partir deste mês, segundo o secretário municipal de Saúde, Jamal Salém. Ele diz que o valor é uma gratificação enviada pelo Ministério da Saúde para compensar os profissionais quando por atingir as metas de visitas domiciliares estabelecidas. O tema revoltou nos demais funcionários lotados no órgão, que consideraram injusto o fato de a medida beneficiar apenas uma categoria.

“É um dinheiro federal e não municipal. Já vem carimbado do Ministério da Saúde para repassar aos agentes. É só uma forma de gratificação, uma maneira de reconhecimento”, explica Salém.

A situação gerou incômodo a partir de um vídeo que o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, postou na internet exaltando o trabalho do secretário e falando a respeito da bonificação.

“Como é uma verba do ministério, teria que ser para todos os funcionários da saúde e não só para os agentes. Isso causou uma revolta de assistente social a médico”, reclamou ao Campo Grande News uma servidora da área da Saúde que pediu para não ser identificada. Ela diz que chegou a trabalhar como agente comunitária de 2002 a 2004 e nunca recebeu o abono, “mas a verba vem há onze anos”, afirma.

Ela afirma que há um ano o sindicato fez um acordo com a municipalidade para reduzir a carga horária dos agentes, de oito para seis horas. A liberação da gratificação teria, na opinião da funcionária pública, relação com um acordo entre o Sisem e a prefeitura para que as duas horas voltem a ser cumpridas.

“A partir do momento em que se veiculou o vídeo, entraram em contato com a gerência da unidade e anunciaram que os agentes iam voltar a trabalhar oito horas”, relatou.

Tabosa negou ao Campo Grande News que a carga horária tenha sido usada como moeda de troca nas discussões. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O pessoal está desinformado. O pessoal quer criar polêmica. Uma coisa é a carga horária, que será cumprida com cursos extras e a outra é a verba do governo federal”, explica.

Segundo ele, os agentes comunitários de saúde têm uma lei específica regulamentada por uma portaria que estabelece essa gratificação se uma determinada porcentagem das casas em um município é visitada. Só que nas gestões anteriores, a verba era destinada a outros fins e realmente os trabalhadores não estavam recebendo. “Nós vínhamos brigando por isso. Nunca havia sido pago. A verdade deve ser dita, nós estamos defendendo o servidor”, conclui.

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