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Capital

"Agi por instinto", define rapaz que foi baleado na perna por assaltante

Luciana Brazil | 12/07/2012 16:57
Felipe diz que agiu por instinto, mas sabe o risco que correu. (Fotos:Simão Nogueira)
Felipe diz que agiu por instinto, mas sabe o risco que correu. (Fotos:Simão Nogueira)

Após receber alta do hospital na manhã de hoje, o correspondente bancário Felipe Beda Nogueira, 19 anos, baleado em um assalto na tarde de ontem, em frente ao Banco do Brasil, na avenida Júlio de Castilhos, foi até delegacia, na manhã de hoje, prestar depoimento sobre o caso.

Mais calmo, Felipe contou que agiu apenas pelo instinto. “Eu nem pensei em nada. Só pensei que trabalho duro, todos os dias e vem alguém e quer roubar o que é meu”, explica.

Felipe levou um tiro na perna esquerda, além de duas coronhadas na cabeça. Ciente do risco que correu por ter reagido ao assalto, ele explica que a reação foi espontânea.

Segundo ele, agora, as medidas de segurança serão tomadas em dobro. “Nós já contratamos um segurança para vigiar a loja e vamos mudar o esquema para fazer os depósitos”, frisou.

A mãe de Felipe, que esteve no local do assalto enquanto o filho ainda estava sujo de sangue, hoje estava mais calma, segundo ele. “Ela ficou bem nervosa, mas já está mais tranquila”.

A vítima contou ainda que os familiares, que moram em Aquidauana, a 135 km de Campo Grande, souberam do ocorrido pelo Campo Grande News. “Eles viram a notícia e já ligaram correndo para saber o que tinha acontecido”, disse o jovem.

Vítima mostra as coronhadas que levou na cabeça
Vítima mostra as coronhadas que levou na cabeça
Projétil não ficou alojado na perna.
Projétil não ficou alojado na perna.

Ainda com os curativos na cabeça, Felipe contou como aconteceu o assalto e disse que, às vezes, fazia o depósito em outra agência bancária.

O avô de Felipe, que pediu não ser identificado, contou que geralmente acompanha o neto, mas ontem não foi. “Eu acho que se eu tivesse ido com ele, poderia ter acontecido algo pior. Eu não deixaria ele brigar sozinho, eu iria entrar no meio e talvez eu pudesse ter levado um tiro”, contou.

Indagado sobre a sorte de ter sobrevivido, Felipe concorda com a cabeça e diz que sabe muito bem o que poderia ter acontecido.

Vítimas vigiadas: Após reconhecerem o assaltante, Felipe e o avô contaram que comerciantes da região os alertaram sobre um homem de moto que teria rondado a loja durante todo terça-feira, um dia antes do crime.

“A gente ficou sabendo que um dia antes do roubo, um homem ficou o dia inteiro em frente a loja e nesse dia meu avó me trouxe de carro e me deixou bem na porta do banco e foi bem rápido”, contou.

Felipe e a família só querem agora segurança para trabalhar e ainda traumatizados agradecem por não ter ocorrido o pior. "Graças a Deus", disse Felipe.

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