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Capital

Além de demissões, falta produtos de limpeza em unidades de saúde

Mariana Lopes | 01/03/2013 14:07
Assembleia na manhã de hoje foi para as trabalhadoras votarem (Fotos: Luciano Muta)
Assembleia na manhã de hoje foi para as trabalhadoras votarem (Fotos: Luciano Muta)

Ontem foi o último dia de trabalho das funcionárias de serviços gerais da empresa que prestava serviço tercerizado nas Unidades Básicas de Saúde e Postos de Saúde de Campo Grande. Sem receber da Prefeitura por três meses, a empresa encerrou o contrato e demitiu os trabalhadores. O resultado são unidades básicas de saúde sem limpeza.

Apenas os postos de saúde 24 horas estão com o serviço funcionando, por causa do contrato emergencial que a Prefeitura fez com outra empresa tercerizada. Mas o contrato não se estende às Unidades Básicas de Saúde.

A empresa que prestava o serviço de limpeza, Total, informou ao Steac (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação) que o contrato com a Prefeitura encerrou em dezembro, mas afirmou que manteve os funcionários em atividade por um pedido do prefeito, Alcides Berna (PP), conforme explica o presidente do sindicato, Wilson Gomes da Costa.

Porém, a empresa também disse ao sindicato que o pagamente deste período não foi feito pela Prefeitura, por isso houve a demissão em massa. Foram dispensados aproximadamente 275 funcionários.

Deste total, 121 trabalhadores dos postos 24 horas foram contratados pela empresa tercerizada que assumiu de hoje. Ou seja, 154 ainda estão desempregados, que correspondem às Unidades Básicas de Saúde, onde não há mais nem materiais de limpeza, pois foi tudo recolhido pela Total, de acordo com o presidente do sindicato.

Assembleia – Na manhã de hoje, o Stec realizou uma assembleia com todos os trabalhadores para definir o acordo com a Total e também tirar dúvidas. Os funcionários demitidos tinham duas opções.

Uma era de aceitar a proposta da empresa de dividir o salário de fevereiro e a verba rescisória, e ter direito a FGTS e Seguro-Desemprego imediato. A outra opção era de querer o salário e outros benefícios integrais, mas daí os demitidos precisariam entrar na Justiça, pois a empresa deixou claro que não tem dinheiro para pagar o montante, já que não recebeu da Prefeitura e teve bancar esses três meses.

De forma tranquila e por unanimidade, os trabalhadores votaram em aceitar o parcelamento desde que seja feito no máximo em três vezes, com uma entrada e mais duas parcelas.

“Sempre recebemos normal, trabalho como tercerizada desde julho e só agora tivemos problema, depois que o Bernal assumiu a Prefeitura”, reclama a serviços gerais Daniela da Conceição, 30 anos.

A orientação repassada tanto pelo sindicato quanto pela empresa que assumiu o contrato emergencial, Mega Serv, aos trabalhadores que prestavam serviço nas Unidades Básicas de Saúde era para eles irem aos seus locais de trabalho normalmente e aguardar o contato do novo empregador.

Porém, o contador da Mega Serv, Isaias de Paula, disse que não pode garantir que essas pessoas sejam recontratadas, pois ainda não há nenhum contrato firmado. O presidente do sindicato lamentou o ocorrido e disse que estão fazendo o possível para não prejudicar ainda mais os trabalhadores, mas também não pode garantir um novo contrato, pois isso depende da Prefeitura.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura para saber se há previsão de abrir outra licitação para contratar uma empresa que preste o serviço de limpeza e também para saber como ficará a situação nas Unidades Básicas de Saúde, porém não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

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