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Capital

Além de infestação em 10 bairros, notificações põem mais 5 em alerta

Bruno Chaves | 20/11/2013 17:27
Agentes percorrem casas e terrenos baldios para promover orientação e limpeza (Foto: Cleber Gellio)
Agentes percorrem casas e terrenos baldios para promover orientação e limpeza (Foto: Cleber Gellio)

Considerada uma cidade com alta incidência de dengue, Campo Grande possui cinco bairros em alerta para a doença devido a quantidade de casos notificados diariamente. Dados do Comitê de Combate à Dengue revelam que as regiões da Chácara dos Poderes, Monte Castelo, Centro Oeste, Jardim Paulista e Vila Carlota oferecem um risco muito alto de contaminação.

Além deles, os outros 10 bairros já haviam sido classificados com alto índice de larvas do mosquito Aedes aegypti, de acordo com o LIRAa (Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti), elaborado de 4 a 8 de novembro. São eles: Rita Vieira, Vilas Boas, TV Morena, Vila Carlota, Aluquerque, Jardim Paulista, Guanandi, Taquarussu, Jacy e Itamaraca.

Atualmente, 77% das residências de Campo Grande possuem o foco do mosquito. Apesar de o índice ter diminuído se comparado a janeiro de 2013 (92%), quando a Capital viveu uma epidemia da doença, os números ainda preocupam, explica o secretário municipal de Saúde Ivandro Corrêa Fonseca.

“Passamos, no início do ano, pela maior epidemia do País. É necessário que a prevenção exista também dentro de casa. Pedimos o apoio da população no combate à doença para que em janeiro de 2014 não tenhamos uma nova epidemia da dengue. Se cada um cuidar de sua casa, de seu quintal, a dengue não voltará com força no próximo ano”, afirma.

De acordo com o chefe de serviços e controle de vetores do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Campo Grande, Alcides Ferreira, as ações de prevenção ocorrem o ano todo. Equipes de agentes de saúde visitam casas de dois em dois meses para realizar o trabalho de orientação e eliminação de depósitos.

“A maior dificuldade é a recusa. Também existe o problema de casas fechadas ou sem moradores. Pedimos para as pessoas abrirem as portas das casas para que o agente comunitário possa ajudar na prevenção da dengue”, comenta.

No início do ano, em apenas um mês, mais de 23 mil pessoas apresentaram os sintomas da dengue em Campo Grande. Só este ano, entre janeiro e fevereiro, 12 pessoas perderam a vida por causa da doença.

Secretário apresentou dados do Comitê de Combate à Dengue (Foto: Cleber Gellio)
Secretário apresentou dados do Comitê de Combate à Dengue (Foto: Cleber Gellio)

Investimentos – Ainda de acordo com o secretário municipal de Saúde, de janeiro a novembro deste ano, a cidade já investiu R$ 5 milhões no combate à doença. Até o fim do ano, mais R$ 1,7 milhão, do Ministério da Saúde, deve vir para as ações na Capital. O dinheiro foi liberado ontem (19) pelo ministro Alexandre Padilha.

“Temos mais de mil agentes nas ruas e mais de 10 carros borrifando a cidade. Agora temos que trabalhar dentro das residências porque o inimigo, às vezes, mora dentro de casa”, diz Ivandro se referindo aos criadores dos mosquito.

Mutirões – Para diminuir os casos notificados de dengue em Campo Grande, a prefeitura promove mutirões de limpezas nos bairros da cidade.

De acordo com o coordenador de mutirões de combate à dengue, Marcos Alves, oito caminhões recolhem lixos de toda a cidade, sendo que seis trabalham em limpeza de entulhos e dois no recolhimento de pneus.

“Chegamos a tirar de 25 a 30 caminhões por dia de todos os tipos de sujeira e entulho que possam acumular água, das casas e de terrenos baldios. Só de pneus, recolhemos de 800 a 1,2 mil por dia, dependendo da demanda do bairro”, revela.

Só nesta terça-feira (20), no bairro Rita Vieira, considerado em estado de alerta, 480 pneus foram retirados das ruas no período matutino.

Os próximos mutirões de limpeza devem ocorrer nos bairros Centenário, Manáira, Iracy Coelho e Aero Rancho. Dias antes do recolhimento da sujeira, agentes de saúde passam avisando moradores para que os lixos do quintal sejam colocados nas calçadas para facilitar o recolhimento.

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