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Capital

Além do mosquito da dengue, outro inseto pode espalhar chikungunya

Alan Diógenes | 06/11/2014 18:00
Reunião contou com 80 profissionais ligados ao setor epidemiológico. (Foto: Alcides Neto)
Reunião contou com 80 profissionais ligados ao setor epidemiológico. (Foto: Alcides Neto)

Durante reunião na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário, representantes da Vigilância Epidemiológica de Campo Grande apresentaram um novo transmissor da febre chikungunya. Além do Aedes aegypti, a doença também pode ser transmitida pelo mosquito de nome científico Aedes albopictus.

Conforme o supervisor geral do Distrito Sanitário da região Leste, Vagner Ricardo dos Santos, o mosquito já foi encontrado em dois bairros da Capital. São eles: Jardim Noroeste e Coronel Antonino. “Esse mosquito prefere locais onde há matas e regiões distantes da área urbana”, comentou.

Mas, a maior preocupação dos especialistas em epidemias é com o Aedes aegypti, que também transmite a dengue. O maior proliferação do mosquito acontece em 14 bairros da cidade: Monte Castelo, Conjunto José Tavares, Nova Lima, Rita Vieira, Vilas Boas, TV Morena, Vila Carlota, Alvez Pereira, Botafogo, Centro, Itanhangá Park, Monte Líbano, Vila Glória, São Bento e Bela Vista.

A médica infectologista da Diretoria de Vigilância da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Mara Galiz Lacerda, explicou que a febre chikungunya tem três etapas; a aguda, a subaguda e crônica, onde a pessoa posse ficar acamada por até 3 anos.

“Na fase aguda a pessoa sente febre alta e dores nas articulações por até 10 dias. Na subaguda, que dura um período maior, a pessoa precisa de um acompanhamento mais intensivo e pode sentir dores reumatológicas, edemas nas articulações e inflamações. Já na fase crônica, a pessoa está em estado crítico que não consegue nem andar”, ressaltou.

Médica infectologista disse que doenças têm três estágios. (Foto: Alcides Neto)
Médica infectologista disse que doenças têm três estágios. (Foto: Alcides Neto)
Supervisor geral de Distrito Sanitário afirma 14 bairros tem focos do mosquito aedes aegypti . (Foto: Alcides Neto)
Supervisor geral de Distrito Sanitário afirma 14 bairros tem focos do mosquito aedes aegypti . (Foto: Alcides Neto)

Segundo a médica, não existe tratamento específico para a doença. Os especialistas apenas usam analgésicos e anti-inflamatórios para conter a dor até.

“Os medicamentos têm que ser repassados com acompanhamento médico. A pessoa que sentir febre e dor articular deve procurar um médico para atestar se ela está com dengue ou chikungunya, até por que ela pode pegar as duas ao mesmo tempo. Se ela estiver apenas com dengue, por exemplo, não pode tomar estes remédios”, destacou.

A reunião foi realizada com os gerentes de todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família), supervisores do CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais) e com agentes de endemias.

Em Campo Grande, 10 casos suspeitos de chikungunya já foram notificados. Destes, apenas um foi confirmado e dois foram decartados. Os outros sete casos aguardam os resultados.

De acordo com o supervisor geral do Distrito Sanitário da região leste, Vagner Ricardo, a previsão é de que 80 agentes de endemias sejam contratados nos próximos dias para atuar no trabalho de prevenção e combate à doença. Os profissinais ainda poderão contar com o apoio do Exército Brasileiro, se preciso for.

Além do mosquito da dengue, outro inseto pode espalhar chikungunya
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