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Capital

Algazarra muda da Afonso Pena para Mato Grosso e perturba moradores

Bruno Chaves | 16/03/2014 15:59
Foto feita por delegado, durante uma das noitadas na Mato Grosso. (Foto: Divulgação)
Foto feita por delegado, durante uma das noitadas na Mato Grosso. (Foto: Divulgação)

Moradores dos altos da Avenida Mato Grosso, em Campo Grande, têm perdido o sono diante de tamanha algazarra que se forma no local em dias de feriado e fim de semana. As festas, regadas a som alto e bebedeira, e que costumam juntar mais de mil pessoas, conforme relatos, começaram a ficar frequentes no último ano.

“Estou há dois dias sem dormir. São pessoas gritando, ouvindo música alta, cantando pneus e fazendo manobras perigosas no trânsito”, lamenta o delegado Antenor Batista da Silva Júnior, que mora no Carandá Bosque.

“Parece-me que as pessoas deixaram de frequentar os altos da Afonso Pena, que está sendo fiscalizada, para vir fazer tumulto na Mato Grosso”, avalia. Ele afirma que “o ponto de encontro” das pessoas começou a ganhar força de um ano para cá, quando instalaram a conveniência Big Festas no posto de combustíveis que fica na entrada do bairro Carandá Bosque. “Eles ficam disputando para ver quem toca o som mais alto, fazem do condomínio um mijódromo e deixam a rua toda suja”, emenda.

Os problemas não param por aí, conforme diz o delegado. Ele lembra que existe um hospital na região e afirma que os frequentadores expõem toda a população a um grave risco, já que fazem manobras arriscadas com os carros até dentro do posto de combustíveis, podendo ocorrer uma colisão com alguma bomba de liquido inflamável. “Uma vez fizeram até churrasco em cima de uma caminhonete ao lado da bomba de gasolina”, garante.

O delegado ainda conta que os frequentadores das “festas ao ar livre” chegam a invadir as dependências da OAB/MS, de um supermercado e até do Hospital da Unimed.

Segundo o sindico do Residencial Parque Itacolomi, que fica em meio ao tumulto, Danilo Fedrizzi, os moradores do local chegam a se assustar com o tamanho do tumulto e atitude de algumas pessoas. “Os moradores aqui estão reclamando demais. Eles ficam apavorados de ver tanta gente que fica lá na frente”, conta.

Fedrizzi é outro que acredita que o aglomerado de pessoas nos altos da avenida teve início há cerca de um ano. Ele também aponta a conveniência Big Festas como responsável pelo acúmulo de pessoas no local.

“Ficam disputando com som, fazendo cavalos de pau, é horrível”, revela. O sindico ainda disse que estuda, com a ajuda de um advogado, uma forma de evitar que a população se aglomere na região.

Procurado pela reportagem, o proprietário da conveniência Big Festas, Juan Carlos, garante que a atividade de seu comércio não tem relação com a aglomeração de pessoas.

“Dentro do posto não fica ninguém e a conveniência fica fechada. O pessoal começou a fazer ponto aqui eu não sei o porquê”, afirmou. Juan ainda lembrou que possui dois seguranças armados no estabelecimento para evitar qualquer tipo de problema.

“Não quero nenhum risco”, diz. Mesmo assim, ele comentou que pretende, a partir da próxima semana, encerrar o expediente no local às 00h. Atualmente, o comércio funciona 24h.

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