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Capital

Alunos da escola do Nova Lima pedem reforma urgente

Vanda Escalante | 20/06/2011 09:25
Estudantes permaneceram na frente da escola durante quase toda a manhã desta segunda-feira. (Foto: Simão Nogueira)
Estudantes permaneceram na frente da escola durante quase toda a manhã desta segunda-feira. (Foto: Simão Nogueira)

A manhã desta segunda-feira (20) foi de protesto ao invés de aulas para os alunos do ensino médio da Escola Estadual Lino Villachá, no bairro Nova Lima. Com a adesão de alguns pais, a manifestação reuniu cerca de 300 pessoas na frente da escola. O cálculo foi feito pelos policiais militares que, do posto da PM que fica ao lado do colégio, observavam o protesto e a movimentação dos estudantes.

Com muito barulho, caras pintadas, cartazes, narizes de palhaço toda a energia adolescente a que tem direito, os alunos gritavam palavras de ordem pedindo providências sobre o estado da escola.

“Está caindo, caindo mesmo. As janelas não tem vidro, as paredes estão rachadas e tem sala que a lousa só tem metade, o resto está estragado”, relata o estudante Giovani Silva de Almeida, de 16 anos, aluno do 3º ano do Ensino Médio, que ajudou a organizar a manifestação.

“Desde o ano passado a gente reclama e eles dizem que vão reformar. O governador mesmo esteve aqui e prometeu, mas até agora nada”, completa o estudante Ângelo Campos Leite, de 16 anos, também do 3º ano.

Para João Batista da Silva, pai de uma aluna, os estudantes estão “mais que certos” em promover o protesto. “Esta escola está numa situação muito grave, é preciso tomar providências. No início das aulas, as crianças estavam sentando no chão por falta de carteiras, e agora está assim. A direção não precisava ter deixado chegar neste ponto. A gente põe os filhos aqui pra estudar, não pra ficar no meio do lixo”, desabafa o pai.

Os ânimos se acalmaram quando o estudante Luiz Henrique da Silva Oliveira, 20 anos, aluno do cursinho no período noturno, saiu da sala do diretor para relatar o que ficou acordado. “O diretor disse que existem três licitações em andamento, somando mais de um milhão de reais, para as reformas. Ficou combinado que na sexta-feira vai ter uma reunião com o colegiado da escola para discutir toda a situação”, disse Luiz.

Direção - O diretor adjunto da escola, identificado como Nelson Gomes, não quis conversar com a reportagem. A Secretaria de Educação ainda não encaminhou as informações solicitadas pelo Campo Grande News a respeito das providências previstas para sanar os problemas da escola Lino Villachá e solicitou questionamento por email.

Vídeo - Luiz Henrique cursou o 3º ano do ensino médio na escola Lino Villachá no ano passado. Ingressou este ano no curso de Biologia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), mas desistiu da faculdade.

Ele conta que voltou a ser aluno, fazendo cursinho à noite, já que pretende ingressar na faculdade de Direito. Foi ele quem gravou o vídeo postado no You Tube, mostrando as condições da escola, e ajudou os alunos do ensino médio a organizar o protesto.

As imagens mostram uma estrutura em risco, com rachaduras pelas paredes, banheiros em péssimas condições, sem luz e até telhado descoberto.

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