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Capital

Alunos do município podem perder 20 dias de aula por causa da greve

Edivaldo Bitencourt e Alan Diógenes | 06/10/2015 15:56
Professores durante assembleia na ACP: reposição ainda não foi definida (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Professores durante assembleia na ACP: reposição ainda não foi definida (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Os estudantes  das escolas públicas municipais de Campo Grande podem perder 20 dias de aulas letivos neste ano por causa da greve dos professores. A proposta foi apresentada pela secretária municipal de Educação, Leila Cardoso Machado, e só aguarda aval do Ministério da Educação.

Pela LDB (Lei de Diretrizes Básicas da Educação), os estudantes devem ter 200 dias letivos, com quatro aulas diárias de 60 minutos. No entanto, como foram quase três meses de greve, de 25 de maio a 25 de agosto, incluindo-se 15 dias de férias, os professores seriam obrigados a repor as aulas até o início do próximo ano.

Segundo o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, a reposição dos 54 dias letivos de greve iria estender o calendário letivo deste ano até o início do próximo, prejudicando as férias de janeiro e o início das aulas em fevereiro.

Leila quer simplesmente dar como perdidos 20 dias de aula. Neste caso, os estudantes da Rede Municipal de Ensino só vão ter 180 dias de aula, 10% a menos do que o previsto na legislação federal e municipal.

Outra proposta da secretária municipal de Educação é reduzir o tempo das aulas de 60 para 45 minutos. Neste caso, os estudantes vão perder 25% das aulas. Se a mudança for aprovada pelo MEC, os professores serão obrigados a repor 34 e não 54 dias.

Desde que assumiu o comando da Secretaria de Educação, Leila já tinha determinado a suspensão do quinto tempo na rede pública. Ela considerou que a reposição de uma aula por dia era muito desgastante para as crianças.

Com a nova proposta, os 100 mil estudantes das escolas municipais vão perder 20 dias neste ano por causa da paralisação, a maior da história de Campo Grande.

No entanto, apesar da mobilização, os professores continuam sem o reajuste de 13,01% no piso. Eles reivindicam o cumprimento da lei municipal, que prevê o pagamento do piso nacional do magistério para jornada de 20 horas.

O caso será decidido pelo Tribunal de Justiça. Alcides Bernal (PP), atual prefeito, também alega que não tem condições de conceder o reajuste, mas mantém o diálogo aberto com os docentes.

Escolas podem ter número de dias letivos reduzidos em 10% (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Escolas podem ter número de dias letivos reduzidos em 10% (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
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