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Capital

Alunos reclamam de condições de colégio no Coophavilla e paralisam aulas

Nyelder Rodrigues e Paula Vitorino | 14/06/2012 20:39
Alunos reclama de estrutura precário do colégio, que vai desde as salas de aula até o banheiro e quadra de esportes (Foto: Rodrigo Pazinato)
Alunos reclama de estrutura precário do colégio, que vai desde as salas de aula até o banheiro e quadra de esportes (Foto: Rodrigo Pazinato)

Alunos da Escola Estadual Pe. José Scampini, no Coophavilla, realizam na noite de hoje (14) um protesto contra a falta de estrutura do prédio e da falta de merenda no período noturno, quando cerca de 450 estudantes do Ensino Médio frequentam o local.

Os manifestantes não entraram na sala de aula e estão do lado de fora da escola. Eles alegam que há dois meses estão sem merenda, pois o colégio não conta com merendeira no horário, e contam que o estopim da situação foi quando dois alunos, que vão direto do trabalho para a escola, choraram por estarem com muita fome.

Além disso, os estudantes reclamam das más condições do prédio, que foi construído em 1979 e desde então não passou por reformas, tendo sido submetido apenas a alguns reparos. Os banheiros, por exemplo, estão com várias torneiras estragadas e os vasos sem tampa, além do forte cheiro que é exalado no local.

Outro local muito danificado é a quadra de esporte, que fica ao lado da fossa do colégio, que está com a tampa solta e transborda sempre que chove. A parte hidráulica e elétrica também apresenta problemas, e várias rachaduras são visíveis, sendo que algumas salas apresentam goteiras.

Uma das reclamantes é a presidente da Associação de Pais e Mestres da escola, Gladis Cristina de Oliveira, de 46 anos, que tem três filhos matriculados no colégio no período vespertino. “Aqui precisa de uma reforma urgentemente, principalmente nos banheiros. Quando o sol bate à tarde, ninguém aguenta o cheiro de lá”, reclama.

Fossa da escola constantemente transborda e gera transtornos (Foto: Rodrigo Pazinato)
Fossa da escola constantemente transborda e gera transtornos (Foto: Rodrigo Pazinato)

Já a estudante Alice Correa, de 16 anos, diz que o local está caindo aos pedaços. “Estamos organizando a manifestação desde terça-feira. Se não tiver resposta, vamos paralisar as aulas de novo, até que tenha solução”, declara a aluna.

Quem também reclama é Itallo Bruno Senturion, de 17 anos. Ele diz que as salas não têm vidros e são quentes porque os ventiladores estão estragados. Outro problema é a falta de lâmpadas nas salas e as condições de acessibilidade das calçadas da escola.

Itallo ainda conta que alguns reparos foram feitos no início do ano, como conserto de ventiladores e pintura do local, com verba de emendas parlamentares e ações realizadas por alunos e Associação de Pais e Mestres.

Direção -Segundo a diretora da escola Pe. José Scampini, Raimunda Farias, uma emenda parlamentar do deputado estadual Maurício Picarelli foi aprovada na Assembleia Legislativa, e vai destinar R$ 100 mil para reformas, sendo que a Secretaria de Estado de Educação (SED) também vai destinar mais R$ 50 mil para as reformas.

A diretora diz que não sabe se será o próprio colégio ou a SED quem vai gerir as reformas, mas mesmo assim já fez algumas cotações de preços. Ela conta que a prioridade são os banheiros, e se sobrar dinheiro, irá trabalhar com a reforma da fossa e da quadra.

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