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Capital

Amiga usa camiseta para culpar menina que foi torturada, crê Polícia

Graziela Rezende | 30/04/2014 13:12

Sem entender a violência e o motivo de ter o cabelo raspado, a adolescente de 14 anos disse em depoimento que uma camiseta sua foi encontrada na casa da agressora, no bairro Estrela do Sul, em Campo Grande. O fato, ainda em investigação, fez a Polícia acreditar que a amiga dela é quem pode ter colocado o objeto no local para incriminá-la.

“A adolescente falou em depoimento, na manhã de ontem (29), que enquanto era agredida por Gabriela, de 21 anos, a mulher dizia a ela que a vítima estava tendo um caso com o seu marido, sendo que ela desconfiou porque uma camiseta sua foi encontrada na casa. No entanto, a menina diz que jamais teve contato com o marido da agressora”, diz um dos policiais envolvidos no caso. O nome completo da suspeita não foi divulgado.

Para a Polícia, a menina também comentou que o marido de Gabriela, identificado apenas como Alisson, também presenciou as agressões e não fez nada. A amiga dela, de 18 anos, que a atraiu para o local, também estava no imóvel e pedia para ela confessar logo, senão continuaria apanhando.

A vítima ressaltou que a colega a telefonou na segunda-feira (28), por volta do meio-dia, combinando de se encontrarem. Ela caminhou até próximo a casa da Gabriela, quando a autora foi com uma barra de ferro em sua direção e dizia: “Vou te matar, confessa que ficou com o meu marido”. Em seguida, ela pegou o celular da vítima e arremessou no chão.

A adolescente foi agredida e, conforme o depoimento, foi ameaçada com uma faca de cozinha. Já sentada, no quintal do imóvel, a adolescente foi novamente ferida. Gabriela então começou uma discussão com Alisson e pegou uma máquina de cortar cabelo, raspando a cabeça da menina. Ela ainda disse: “Só não vou te matar porque é muito novinha, mas espero que tenha aprendido a lição”.

Segundo o depoimento da adolescente, Gabriela a ordenou para entrar em uma moto YBR e a deixou no bairro Vida Nova. No entanto, a menina fingiu que ia embora e a ameaçou de morte, levando ela para o bairro Nova Lima, por volta das 14h30.

A menina pediu ajuda em um Ceinf (Centro de Educação Infantil) e a autora está foragida, bem como a colega que ligou para a vítima. “Nós enviamos a intimação para a mãe da vítima, além de outras testemunhas e pretendemos realizar a oitiva ainda hoje”, finaliza a delegada Regina Márcia Rodrigues, responsável pelas investigações.

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