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Capital

Amigo matou pedreiro que foi defender adolescente de ataque no Centro

Alan Diógenes | 06/04/2015 19:50
Nivaldo foi morto em frente de casa, ao lado de hotel, na Rua Maracaju. (Foto: Marcelo Calazans)
Nivaldo foi morto em frente de casa, ao lado de hotel, na Rua Maracaju. (Foto: Marcelo Calazans)

O apelido de “Pisa Manso” revela a personalidade de uma pessoa dócil e tranquila. É assim que os vizinhos definem o pedreiro Nivaldo Pereira dos Santos, 39 anos, morto a facadas na noite de ontem (6) na Rua Maracaju, próximo à Avenida Calógeras, após defender a vizinha, uma adolescente de 16 anos, da fúria do seu ex-namorado. Ele e o assassino, que já tinha cometido dois homícidios, eram amigos e se viam constatemente.

Conforme os vizinhos, Nivaldo e o suposto assassino, Rodney Garceis Reis, 29, sempre se reuniam no quintal da vila de casas durante finais de semana para tomar cerveja. “Eram amigos, jamais achamos que iria acontecer algo assim. No dia do crime, o Rodney foi tão traiçoeiro que pediu um cigarro para o Nivaldo, o abraçou e depois esfaqueou”, contou a dona de casa Ana Priscila, 23.

Nivaldo morava com a mãe em uma kitnet na vila há mais de 5 anos. Os dois trabalhavam o dia todo e eram vistos apenas no período da noite pelos vizinhos. Eles disseram que no dia da briga, ele e a adolescente conversavam em frente de casa. Após entrar para sua kitnet, ele ouviu a garota e a mãe gritando e saiu para ver o que estava acontecendo.

“Quando ele chegou lá, o Rodney já estava com a faca na mão e deu um murro no peito dele. Depois o pior aconteceu. O Rodney também morava aqui na vila, fumava maconha e bebia direto. Ele brigava com todo mundo, inclusive teve gente que se mudou daqui por causa dele, que já ficou preso por ter matado duas pessoas”, comentou Ana Priscila.

O comerciante Assis Gino, 57, que é proprietário de um bar ao lado da vila de kitnets, disse como Nivaldo era como pessoa. “Ele era um rapaz muito tranquilo e sempre vinha aqui no bar para conversar. Não tinha problemas com ninguém e até o último momento de sua vida agiu de forma honesta e heroica, foi defender sua amiga”, apontou.

O corpo de Nivaldo foi levado para Curitiba-PR, onde moram os familiares. A mãe dele, com quem vivia sozinho em Campo Grande, embarcou em um ônibus no começo da tarde desta segunda-feira (6) para prestar as últimas homenagens ao filho, durante o velório.

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