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Capital

Amigos prestam última homenagem a médica vítima de câncer de ovário

Renata Volpe Haddad | 30/01/2016 16:01
Amigos se reuniram de branco no Parque das Nações para prestar homenagem a Gabriella. (Foto: Lucimara Gomes Vilela)
Amigos se reuniram de branco no Parque das Nações para prestar homenagem a Gabriella. (Foto: Lucimara Gomes Vilela)

Médicos e amigos da "Super Gabi", assim conhecida pelos mais íntimos, prestaram uma homenagem em memória de Gabriella Vianna Fernandes, 41, que morreu ontem (29) no Rio de Janeiro, vítima de um câncer no ovário.

Gabriella que era médica ginecologista, chegou em Campo Grande em 2004 e atendeu no Hospital Regional, Posto de Saúde do Indubrasil, clínica particular e no Cem (Centro de Especialidades Médicas).

Há três anos, a médica descobriu o câncer através de uma ressonância magnética. Ela voltou ao Rio de Janeiro para se tratar, mas sempre vinha a Campo Grande rever os amigos.

Gabriella era alegre e querida pelos amigos. (Foto: Lucimara Gomes Vilela)
Gabriella era alegre e querida pelos amigos. (Foto: Lucimara Gomes Vilela)

Maristela Vargas Peixoto, colega de profissão e amiga, conta que Gabi era muito querida, alegre e extrovertida. "Em dezembro, ela precisou de uma transfusão de sangue lá no Rio e criamos um grupo, os Amigos de Gabi, e ela conseguiu muitas doações, pois sabiam o quanto era querida", lembra.

Um grupo de amigos se reuniu na tarde deste sábado (30) no Parque das Nações Indígenas para fazer uma homenagem à Gabriella, em forma de orações e lembranças da amiga. "Ela adorava o parque, sempre vinha correr, caminhar, e nos reunimos às 13h30, momento em que ela estava sendo enterrada", afirma Maristela.

Muito participativa na Sociedade de Ginecologia e Obestetrícia em Campo Grande, a médica era um dos membros da associação e antes de descobrir o câncer, seria a próxima presidente da sociedade.

Lucimara Gomes Vilela, médica ginecologista, conta que conheceu a Gabi em um congresso em Campo Grande. "Eu precisava de alguém para ajudar no meu consultório, pois iria ganhar meu primeiro filho e um amigo meu, me indicou ela e sem conhecer, eu pedi para que ela fosse até meu consultório para conversarmos. Ela não apareceu no dia combinado, pois achou que ninguém em sã consciência ofereceria emprego para um desconhecido", conta rindo.

Por sete anos, as duas trabalharam juntas e a última vez que Gabi esteve em Campo Grande, foi em julho do ano passado, em uma festa de colegas. "Eu choro de saudades, pois ela era um exemplo de vida, era simples e não dava valor ao que não importava", afirma.

Antes de morrer, Gabriella pediu que os amigos fossem de branco no enterro.

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