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Capital

Ano letivo começa e problemas de estrutura em escolas preocupam pais

Ricardo Campos Jr. | 01/03/2015 10:45
Muro da escola Aracy Educiack vive à base de remendos (Foto: Alcides Neto)
Muro da escola Aracy Educiack vive à base de remendos (Foto: Alcides Neto)
Muro de escola reformada recentemente está pichado (Foto: Alcides Neto)
Muro de escola reformada recentemente está pichado (Foto: Alcides Neto)

O início do ano letivo trouxe à tona preocupação dos pais de estudantes de algumas escolas estaduais em Campo Grande em péssimo estado de conservação. Problemas vão além de falhas estruturais e há reclamações até mesmo com relação à falta de merenda. Nem mesmo estabelecimento reformado recentemente escapa e, pela ação de vândalos, tem as paredes pichadas.

Rosângela da Silva Ferreira, 26 anos, já cogitou até a retirar as duas filhas da escola Aracy Educiack, no bairro Tijuca, mas não o fez por falta de estabelecimentos de ensino próximos para que as meninas possam estudar. “Eu nunca vi uma escola tão abandonada. Crianças fazem xixi na roupa porque não têm coragem de usar o banheiro de tão sujo. As torneiras não funcionam” reclama.

Não é preciso nem entrar no local para notar os problemas. Um dos muros está praticamente caindo sobre a calçada. Um buraco na estrutura foi tampada com o que parecem ser restos de um quadro branco magnético. Em outro ponto, estacas de madeira fazem a sustentação da alvenaria.

O vendedor Vilson dos Santos Freitas, 48 anos, mora na região e afirma que o local vive à base de remendos. “Tem uns oito anos que eu moro aqui e toda a vida foi assim. O muro está caindo, é até perigoso para alguma criança”, relata. O mesmo diz a dona de casa Sandra Regina Rodolfo, 37 anos. “Esse muro é assim: vai caindo e eles vão remendando”, diz.

Daniel Falcão, 14 anos, estuda no local e conta que os problemas não são apenas no lado de fora. “Tem salas que estão bem cuidadas, tem outras que não. Têm vidros quebrados, chão e paredes trincados. Há cinco anos que eu freqüento as aulas e nunca houve reforma. O espaço físico dela é ruim, precisa dar uma caprichada”, relata.

Portão de escola amarrado com arame e caindo aos pedaços (Foto: Alcides Neto)
Portão de escola amarrado com arame e caindo aos pedaços (Foto: Alcides Neto)

Em outro bairro, a escola estadual Brasilina Ferraz Mantero, cuja reforma feita por presos do regime semiaberto foi entregue em dezembro, está sem parte do muro em função das obras de construção da quadra de esportes coberta. É uma passagem livre para que pessoas entrem no estabelecimento de ensino, que já tem paredes e até o topo da caixa d’água pichados.

“Pelo menos antes estava cercado. Agora está aberto diretamente. Ficou esse buraco. Estavam reformando e largaram do jeito que está”, diz o administrador de empresas Márcio Luzardo, 48 anos, que mora em frente à abertura do muro. “A obra da quadra parou em novembro. É complicado, porque foi investido dinheiro na reforma. Até o mato na calçada está alto”, relata o aposentado Adonis Alves, 64 anos.

“Conforme a assessoria de imprensa do governo do estado, todas as escolas que apresentam problemas estruturais vão ser reformadas. O Executivo já está fazendo o levantamento dos problemas e conforme a prioridade, por questões de segurança, serão realizados os consertos”, conta.

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