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Capital

Antiga rodoviária pode voltar a ser terminal de transporte no Centro

Jéssica Benitez | 04/07/2013 08:49
Semy mostre projeto e aponta locais que terão corredores exclusivos para ônibus (Foto: Cleber Gellio)
Semy mostre projeto e aponta locais que terão corredores exclusivos para ônibus (Foto: Cleber Gellio)

Cogitado para se fortalecer como centro comercial, empresarial e até mesmo virar a nova Câmara Municipal de Campo Grande, o prédio da antiga rodoviária pode acabar voltando a abrigar ônibus e passageiros, conforme antecipou o secretário da Seinthra (Secrataria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, ao Campo Grande News na manhã desta quarta-feira.

O responsável pela pasta disse que ao realizar levantamento para definir onde seriam os quatro novos terminais de integração de ônibus previstos no projeto de Mobilidade Urbana do Poder Executivo, que já está tramitando no Legislativo, ficou evidente a necessidade de um terminal central para desobstruir o fluxo de passageiros no centro da Capital.

Desta forma, duas possibilidades abordadas é a aplicação definitiva de um terminal na Praça Ary Coelho, como ocorre atualmente de forma paliativa, ou reformar antiga rodoviária para que ela volte a ter a função de abrigar o transporte coletivo municipal. Para Semy esta seria uma boa opção uma vez que não há muitas vagas de estacionamento no local o que impede que o espaço seja aproveitado para outros fins.

“Isso ajudaria a revitalizar o imóvel até mesmo porque lá tem o problema do estacionamento. Só tem 39 vagas para toda a estrutura, além disso, algumas áreas já são do município, então a Agetran (Agência de Trânsito e Transporte) está estudando a possibilidade”, revelou.

Celeridade – O projeto de Mobilidade Urbana terá como foco principal a melhora no transporte público, principalmente no que tange o tempo que os usuários levam para chegar de um local ao outro. Segundo levantamento do plano diretor da pasta, cada ônibus anda, em média, 21 quilômetros por hora. “Essa mesma quilometragem pode ser feita em 10 minutos por uma moto”, exemplificou Semy.

Para minimizar a demora, o projeto prevê a construção de quatro novos terminais em Campo Grande, nos bairros: São Francisco, Parati e Tiradentes, além de outro na região do Cafezais (próximo ao Jóquei Clube). O Morenão será reformado e ampliado. O restante já existente passará por manutenção.

A matéria também garante a implantação de corredores exclusivos para ônibus em todas as regiões da cidade. Um será direcionado do Centro ao Aero Rancho, pegando a Brilhante, depois a Marechal Deodoro, seguindo a Avenida Gunter Hans até o terminal do bairro. Na volta o trajeto pega novamente a Gunter Hans, segue a Bandeirantes até chegar ao Centro.

Outro corredor exclusivo irá até o terminal Nova Bahia, começando pela rua Bahia, depois Coronel Antonino e em seguida pela Avenida Assaf Trad. A volta inclui a Assaf novamente e depois a rua Alegrete. No centro os corredores que já existem, na Calógeras, 13 de Maio e Rui Barbosa, serão revitalizados. “Em todas as vias que houver corredor nós vamos recapear a pista inteira”, disse o secretário.

Cerca de 500 pontos de ônibus serão cobertos. Semy acredita que, após aprovação dos vereadores, os recursos oriundos do empréstimo com o Governo Federal, no valor de R$ 120 milhões, devem ser liberados até setembro. Em outubro as licitações serão abertas para que no início de 2014 as obras estejam em andamento com finalização prevista para 2016.

Além dos R$ 120 milhões emprestados, o projeto conta com R$ 56 milhões do Orçamento Geral da União, por meio da segunda fase do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). “Este valor já está liberado”, finalizou Semy. Se aprovada, a dívida deve ser quitada em 240 meses (20 anos) e terá juros equivalente a 6% ao mês.

Local já serviu de terminal central para ônibus (Foto: Cleber Gellio)
Local já serviu de terminal central para ônibus (Foto: Cleber Gellio)
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