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Capital

Aos 53, Isalda deixa comunidade quilombola e vai ao médico pela 1ª vez

Governo buscou grupo de 51 pessoas que serão atendidas pelo governo

Mayara Bueno e Guilherme Henri | 25/05/2016 12:06
51 pessoas de comunidades de quilombolas são atendidas nesta quarta-feira (25). (Foto: Guilherme Henri)
51 pessoas de comunidades de quilombolas são atendidas nesta quarta-feira (25). (Foto: Guilherme Henri)
Isalda (a primeira ao fundo) e Alvaro, dois dos moradores de comunidades quilombolas que foram atendidos na Caravana da Saúde nesta quarta (Foto: Guilherme Henri)
Isalda (a primeira ao fundo) e Alvaro, dois dos moradores de comunidades quilombolas que foram atendidos na Caravana da Saúde nesta quarta (Foto: Guilherme Henri)

Um grupo de comunidades quilombolas de Campo Grande é atendido na Caravana de Saúde, que acontece no Centro de Convenções Albano Franco, na Capital, nesta quarta-feira (25). São integrantes das comunidades Tia Eva, São João Batista e Chácara Buriti, que recebem atendimento oftalmológico hoje. O governo de Mato Grosso do Sul buscou e levará essas pessoas de voltas às suas residências.

Para muitos, o transporte disponibilizado pelo governo possibilitou a ida ao médico pela primeira vez. É o caso de Isalda Teodolino da Silva, de 53 anos. Com dificuldades de enxergar, ela quer saber se precisará de cirurgia ou simplesmente será receitado o uso de óculos. “Nunca pude ir ao médico para ver e agora não perdi a oportunidade de vir”, disse. Ela elogiou ainda o tratamento recebido até agora. “Estou sendo tratada muito bem, os profissionais estão de parabéns”. Tímida, Isalda não quis ser fotografada, mas comentou a surpresa e gratidão por ter sido buscada em sua comunidade.

Segundo Carlos Versoza, que é subsecretário da subsecretaria de Igualdade Racial do Executivo Estadual, 51 pessoas das comunidades serão atendidas durante o dia. A maioria das pessoas tem mais de 40 anos. Aos moradores das comunidades será oportunizada também a continuidade do atendimento, caso eles necessitem de procedimentos cirúrgicos, como a operação para catarata.

Ainda segundo o subsecretário, embora hoje tenha sido elaborada uma programação especial de atendimento dos quilombolas, eles podem procurar a Caravana em qualquer dia. “É uma satisfação presenciar esta oportunidade que o governo esta dando para estas pessoas”, disse.

Álvaro Gerônimo da Silva, 67 anos, é aposentado e já havia escutado informações sobre a Caravana de Saúde, mas ficou surpresou ao ver o tamanho da estrutura e a qualidade de atendimento. “Não imaginava que era tão bom”, disse. A visita ao médico hoje, segundo Álvaro, é para saber se tem catarata.

A iniciativa do atendimento de hoje é semelhante a já feita com comunidades de ribeirinhos de Corumbá, indígenas de Dourados e idosos do Asilo São João Bosco, de Campo Grande.

Em Campo Grande, o programa promoveu 100 mil procedimentos, de 10 a 20 de maio, segundo dados do governo estadual. Neste fim de semana, ao menos 15 mil pessoas passaram pelo estande da Caravana.

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