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Capital

Apenas 23 estudantes farão novamente o Enem na Capital

Ricardo Campos Jr. e Ana Maria Assis | 15/12/2010 12:44

Prova será aplicada na E.E. Joaquim Murtinho

Apesar de ter perdido a segunda prova do Enem, Aryella diz-se tranquila em função do desempenho na prova anterior
Apesar de ter perdido a segunda prova do Enem, Aryella diz-se tranquila em função do desempenho na prova anterior

Ao todo 23 alunos farão as provas de ciências da natureza e humanas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em Campo Grande. A avaliação é aplicada na escola estadual Joaquim Murtinho e teve início ao meio dia.

Apesar de ter chegado com cinco minutos de atraso, a estudante Aryella Ayme D’azila, de 18 anos, diz ainda estar tranqüila com relação ao desempenho. “Pode ser que não seja tão prejudicada porque fiz a primeira da maneira como os instrutores falaram no dia”, relata.

Ela conta que terminou o terceiro ano do ensino médio no ano passado e seu objetivo é cursar medicina veterinária na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Aryella mora no bairro Rita Vieira e saiu de casa a apenas meia hora do início do exame.

Os alunos não foram obrigados a refazerem a prova e de acordo com o MEC (Ministério da Educação). Aqueles que não fizerem, como Aryella, terão os exames anteriores corrigidos.

Os estudantes que estão fazendo novamente as provas nesta quarta-feira foram prejudicados pelos erros de impressão nos cadernos amarelos. No país, são cerca de 9,5 mil candidatos nessa situação que foram convocados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).

A comunicação do local de prova foi feita por meio de SMS, e-mail e telegrama, sendo que foi disponibilizado um endereço para consulta pela internet. No entanto, é obrigatória a apresentação de documento oficial com foto e do cartão de confirmação ou a comunicação enviada pelo Inep sobre o novo exame.

O Enem será aplicado hoje, além de MS, em Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Ceará, Sergipe, Piauí, Pernambuco, Espírito Santo, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul, Pará. Tocantins, Goiás, São Paulo e Amazonas. O Paraná e Santa Catarina concentram mais da metade dos casos de alunos prejudicados (60%).

Problemas - A prova para os alunos prejudicados no Enem foi repleta de informações mantidas em sigilo pelo Inep. O número de estudantes que fariam a prova por estado e os locais da aplicação não chegaram a ser divulgados previamente.

Além dos erros de impressão nas, a folha em que os candidatos marcam as respostas continha um erro de impressão: os cabeçalhos das provas estavam trocados. O MEC ofereceu aos alunos que marcaram as respostas fora da ordem numérica a possibilidade de solicitar a correção invertida do gabarito.

Todos esses problemas fizeram com que a validade do exame fosse diversas vezes questionada na Justiça, inclusive com um pedido de anulação do Ministério Público Federal no Ceará e da Defensoria Pública da União (DPU). Todas as liminares contrárias às medidas adotadas pelo MEC foram derrubadas na Justiça Federal, com atuação direta da Advocacia-Geral da União (AGU).

Poucos dias antes da reaplicação, outros cinco estudantes brasileiros conseguiram uma liminar da Justiça Federal para fazer novamente a prova e um deles era de Mato Grosso do Sul. O argumento da Justiça, no caso da estudante do Estado foi: “é possível que [ela] tenha se desestruturado emocionalmente”, devido às falhas de impressão.

O local escolhido para aplicação do exame foi a escola estadual Joaquim Murtinho.
O local escolhido para aplicação do exame foi a escola estadual Joaquim Murtinho.
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