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Capital

Após 2 mortes por gripe suína, Saúde diz que não há motivo para alarde

Paula Maciulevicius | 14/06/2012 10:50

O vírus H1N1 que desde 2010 não levava vítimas a óbito, está novamente circulando na Capital. Em 2009, foram nove óbitos e em 2010 e 2011 não houve registros de mortes

Secretário  alerta o aumento de doenças respiratórias nesta época e que as pessoas precisam procurar assistência médica. (Foto: Minamar Júnior)
Secretário alerta o aumento de doenças respiratórias nesta época e que as pessoas precisam procurar assistência médica. (Foto: Minamar Júnior)

Depois da confirmação de duas mortes pelo vírus H1N1, o secretário de Saúde de Campo Grande, Leandro Mazina afirma que não há motivos para preocupação.

“Não tem com o que se preocupar só é preciso mais atenção. A vacinação está muito lenta, a gente precisa que a população faça a procura. A vacina leva tempo para fazer efeito”, ressalta.

No entanto os dois casos de óbitos confirmados foram de vítimas jovens, de 27 anos, que não pertencem ao grupo de vacinação estabelecido pelo Ministério da Saúde. “Não é a Secretaria quem determina, nem eu, é o Ministério da Saúde”, justifica Mazina.

O vírus H1N1 que desde 2010 não levava vítimas a óbito, está novamente circulando na Capital. Em 2009, foram nove óbitos e em 2010 e 2011 não houve registros de mortes.

Só em Campo Grande 29 casos foram notificados, destes sete confirmados, incluindo as duas mortes. “Os demais não tiveram internação, mas ainda está em investigação”, relata a gerente de Imunização da Sesau, Erci Hirota.

O secretário de Saúde alerta que nesta época, há o aumento no número de quadros de doenças respiratórias. “As pessoas precisam procurar assistência médica, não melhorou, precisa procurar”, enfatiza.

As demais notificações aguardam o resultado que virá do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Segundo a Sesau, os kits para realização dos exames do Laboratório Central do Estado acabaram e o material estava indo direto para São Paulo.

“O médico trata do quadro clínico do paciente independentemente de resultado de exame, ausculta, faz raios-X e se vê necessidade, já entra com antibiótico”, enfatiza Mazina.

Já a Secretaria de Saúde do Estado atribui dificuldade em coletar o material nos municípios do interior. “No início é impossível saber qual tipo de vírus é. Precisa coletar o material e fazer o exame da genética. Não é um exame simples, o material precisa ter sido coletado em boas condições e também ser transportado adequadamente”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Eugênio de Barros.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o kit do Laboratório Central chegou a faltar, mas por atraso na distribuição feita pelo Ministério da Saúde. No entanto, o diretor afirma que não está em falta depois que ele autorizou a aquisição.

Quanto ao número de confirmações de H1N1, ele fala que não há nenhum caso confirmado nos municípios do interior e reforça que o tratamento aos pacientes com suspeita é feito assim que o médico percebe que se trata de síndrome respiratória aguda.

“Ele percebendo que é uma gripe e que precisa, já prescreve o medicamento. Na realidade 10% das nossas gripes graves são comprovadamente o vírus H1N1, isso em todo país. Os outros 90% são de outros vírus”, finaliza.

Casos - Um dos casos de óbito que foi comprovado é de André dos Santos Frois, de 27 anos, que morreu na tarde da última segunda-feira (11) na Santa Casa.

Segundo a Sesau, a vítima ficou internada 30 dias na Santa Casa e o outro jovem, também de 27 anos, foi tratado no Hospital da Unimed, onde ficou internado durante 20 dias.

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