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Capital

Após 24 horas, chuva ainda é motivo de dor, prejuízo e transtornos

Aline dos Santos e Natália Yahn | 03/03/2016 10:10
Casa terá que ser demolida na  avenida Interlagos. (Foto: Fernando Antunes)
Casa terá que ser demolida na avenida Interlagos. (Foto: Fernando Antunes)
Dono de garagem, Diego amarga prejuízo de R$ 450 mil. (Foto: Fernando Antunes)
Dono de garagem, Diego amarga prejuízo de R$ 450 mil. (Foto: Fernando Antunes)

Mais forte dos últimos 10 anos, o temporal que atingiu Campo Grande na madrugada de quarta-feira (2) ainda é fonte de lágrimas para quem perdeu o lar, prejuízo financeiro para quem não pode abrir o estabelecimento comercial e perigo em pontos em que a rua virou cratera. Os custos da chuva forte ainda são levantados pela prefeitura, que descarta decreto de emergência porque já tem um vigente desde 8 de dezembro.

Maria de Brito Batista, 53 anos, teve a casa condenada pela Defesa Civil. Emocionada, ela conta que perdeu a casa e o local de trabalho, pois no imóvel também funcionava um bar. “Perdi tudo”, resume. Durante a chuva forte, ela buscou abrigo na casa da filha, que mora perto. De lá, ouviu o estrondo e, depois, viu que a parede caiu em cima da sua cama. “Provavelmente teria morrido”, diz. O imóvel, na avenida Interlagos, terá que ser demolido.

Na mesma avenida, mas a distância de um quilômetro, um muro caiu sobre seis veículos de uma revendedora. A garagem foi interditada pelo Corpo de Bombeiros e o proprietário Diego Benites, 25 anos, calcula prejuízo de R$ 450 mil.

De acordo com ele, o muro de um residencial da PDG cedeu porque a tubulação destina todo volume de água para o local. Ontem, a construtora informou que vai enviar equipe de engenheiros para fazer a vistoria técnica.

Já na avenida Via Parque, sentido Sóter, a queda do muro do residencial Itayara fecha parcialmente a via. Do outro lado da cidade, uma cratera se abriu na rua Jarauçu, paralela a BR-163, no Jardim Colúmbia, região Norte.

Preço da chuva – O secretário municipal de Segurança Pública, Luidson Borges Tenório Noleto, afirma que ainda é feito levantamento dos prejuízos. Um raio-x dos danos deve ser apresentado dentro de dez dias pela Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação). “Leva tempo para ser mensurado. Ontem atendemos as pessoas, desobstruímos vias”, afirma.

Rua virou cratera no Jardim Colúmbia. (Foto: Marcos Ermínio)
Rua virou cratera no Jardim Colúmbia. (Foto: Marcos Ermínio)

De acordo com ele, o município tem decreto de situação de emergência pela chuva vigente, mas que ainda não foi reconhecido pela União. A prefeitura busca recursos para obras de drenagem e infraestrutura. “Temos um problema sério no corredor do Nova Lima, região do Alphaville. Precisa de intervenção na Ernesto Geisel, Guaicurus”, diz.

Alagados – A Defesa Civil registrou 14 pontos de alagamentos em vias e em 13 imóveis. As ruas afetadas foram: Ernesto Geisel com Rachid Neder; avenida Guaicurus; Afonso Pena, na região do Shopping Campo Grande; Rachid Neder com a 14 de Julho; Euler de Azevedo com Ernesto Geisel; Afonso Pena com Paulo Coelho Machado; Rachid Neder com Padre João Crippa; avenida Mascarenhas de Moraes; rua Bahia; avenida Ricardo Brandão com Joaquim Murtinho; Fernando Côrrea da Costa; avenida Cônsul Assahf Trad; rua Brasil; e bairro Octávio Pécora.

O temporal alagou imóveis na avenida Interlagos, no bairro Doutor Albuquerque, Jardim Presidente, Jardim Noroeste, Jardim Panorama e bairro Nova Lima.

Ontem, foram registrados 96,2 milímetros de chuva em cinco horas, índice que perde apenas para uma tempestade em dezembro de 2006, que teve 127 milímetros no mesmo intervalo de tempo.

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