ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 16º

Capital

Após 3 dias, Enersul restabelece energia em casa da Vila Anahy

Moradora pretende acionar a justiça. “Não é pelo dinheiro. É pela falta de consideração comigo, que sou consumidora", disse.

Elverson Cardozo | 18/10/2012 18:30
Desde a madrugada de segunda-feira, dona Marisa estava utilizando velas. (Foto: Minamar Junior)
Desde a madrugada de segunda-feira, dona Marisa estava utilizando velas. (Foto: Minamar Junior)

Após três dias, a Enersul restabeleceu a energia na residência de Marisa Marques, de 60 anos, moradora da Vila Anahy, em Campo Grande. Mesmo assim, a dona de casa - que teve prejuízos e muita dor de cabeça - pretende acionar a justiça. Ela estava à luz de velas desde a madrugada de segunda-feira (15), quando um forte temporal atingiu a cidade e derrubou parte de uma árvore que caiu sobre a rede elétrica da rua onde mora.

A assessoria de imprensa da Enersul informou que o restabelecimento ocorreu nesta quinta-feira (18), às 14h56. Segundo a companhia, a queda da árvore afetou a conexão do ramal de serviço – o fio que vai do poste ao padrão.

À moradora, técnicos da empresa relataram que houve rompimento de um fio. “Me disseram que o problema foi em um fio localizado no poste de energia, na rua, por causa de um serviço mal feito”, afirmou.

Hoje, no início da tarde, a reportagem do Campo Grande News esteve na residência de dona Maria. A dona de casa estava inconformada com a situação porque, sem energia, já havia perdido mais de R$ 150,00 em alimentos que estavam guardados na geladeira. O jantar da família estava sendo substituído por lanches comprados. A lista de prejuízos era extensa.

“A lei aqui só funciona se você rodar a baiana e fizer bafão”, disse a moradora. (Foto: Minamar Junior)
“A lei aqui só funciona se você rodar a baiana e fizer bafão”, disse a moradora. (Foto: Minamar Junior)

Das muitas ligações que fez à Enersul, a única informação que recebia dos atendentes era para ter paciência e aguardar a visita dos técnicos, que estariam empenhados em várias ocorrências por conta do temporal. Um deles pediu à moradora que registrasse, em fotos, as perdas que teve para pedir ressarcimento.

Processo - Para Marisa, entrar com ação na justiça agora é questão de honra. “Não é pelo dinheiro. É pela falta de consideração comigo, que sou consumidora. Se não tivesse pago minha conta você pode ter certeza que eles iriam cortar minha luz e no próximo mês eu iria pagar juros exorbitantes”, disse.

Agora, mais tranquila, Marisa disse que o caso serviu para provar o que já acreditava: “A lei aqui só funciona se você rodar a baiana e fizer bafão”. A moradora reclama do tratamento recebido.

“Eles precisavam respeitar o trabalhador que paga suas contas. Tenho 60 anos, mas trabalho, não fico parada”, finalizou.

Nos siga no Google Notícias