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Capital

Após 90 dias de investigação,Federal diz que já comprovou desvio de R$ 6 milhões

Flávio Paes | 12/10/2015 21:21
João Amorim, principal alvo das investigações (Foto:Arquivo)
João Amorim, principal alvo das investigações (Foto:Arquivo)

A Polícia Federal já conseguiu comprovar após três meses de investigação como parte da Operação Lama Asfáltica, que o esquema comandado pelo empresário João Amorim de fraudes em licitações, provocou um prejuízo de R$ 6 milhões aos cofres públicos, segundo informações divulgadas hoje pela TV Morena.

Este montante, segundo a emissora e o site G1, ocorreu só com os desvios em três obras executadas pela sua empreiteira, a Proteco ou empresas ligadas a ele: abertura de um trecho da Avenida Lúdio Coelho em Campo Grande , o aterro sanitário também na Capital  e a pavimentação da BR-430, entre Rio Negro e São Gabriel do Oeste.

Segundo o delegado Cléo Mazzotti, chefe da Delegacia Regional de Crime Organizado, no caso da Avenida Lúdio Coelho foram usados recursos federais para custear compensatórias prometidas à Base Aérea, como contrapartida pela doação de uma faixa de terreno pertencente ao Ministério da Aeronáutica que ficava no traçado projetado para a nova via. Estas obras deveriam ter sido custeadas com recursos do Estado ou da Prefeitura.

Conforme o delegado, a operação está agora numa fase de análise de documentos, além dos dados da quebra do sigilo bancário dos envolvidos, referente ao ano de 2013, período em que há suspeita de superfaturamento em obras públicas. Há ainda dezenas de depoimentos para serem analisados, além do material apreendido. "Temos ainda outras provas a serem colhidas e áudios que mostram a ligação do empreiteiro investigado com a prefeitura", comentou o delegado.

Além da Polícia Federal, as investigações contam com a participação do o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), além da colaboração da Receita Federal e da Controladoria Geral da União..
Ainda faltam documentos referentes a pavimentação da MS-040 (Campo Grande/Santa Rita do Pardo), que custou R$ 306 milhões e teria sido entregue sem que todas as obras previstas estivessem concluídas, como um anel viário.

Lama Asfáltica
 Há dois inquéritos investigando o possível desvio de recursos.  A operação foi desencadeada no último dia 9 de julho deste ano, quando foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e quatro ordens de afastamento de servidores estaduais. A ação ocorreu na Agesul ,  na casa do ex-secretário Edson Giroto, do empresário João Amorimm e na sede das empresas suspeitas de envolvimetno. Há uma estimativa de que o esquema teria desviado R$ 11 milhões em recursos federais destinados  a várias obras, principalmente pavimentação e infraestrutura.

(matéria atualizada para correção às 17h56 desta terça-feira )

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