ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 20º

Capital

Moradores fecharam avenida por 3 horas

Paulo Fernandes e Jorge Almoas | 06/01/2011 20:09

Protesto foi por conta dos estragos da chuva

Protesto fechou avenida de Campo Grande (foto: Jorge Almoas)
Protesto fechou avenida de Campo Grande (foto: Jorge Almoas)

Cerca de 150 moradores do bairro Guanandi fecharam por 3 horas trecho da avenida Norte-Sul (prolongamento da Ernesto Geisel) após perderem praticamente tudo com a chuva que caiu por quase duas horas em Campo Grande.

Eles queimaram pneus e um sofá velho em uma das pistas, no trecho logo após a avenida Manoel da Costa Lima, no sentido centro-bairro.

O protesto só chegou ao fim após o Corpo de Bombeiros apagar as chamas e a Polícia Militar convencer os manifestantes a voltar para as casas.

Manifestantes dizem que toda a vez que tem chuva forte, a mesma história se repete: a água invade as casas estragando os móveis.

Durante o protesto, três viaturas da PM foram ao local e fecharam a via para evitar acidentes.

Após liberarem a pista, os manifestantes avisaram que, se nada for feito, às 17h de amanhã irão novamente bloquear a avenida.

Maria Cristina Oliveira da Silva diz que desde que se mudou para o bairro com o marido e duas filhas, há cinco anos, tem enfrentado problemas com a chuva. Ela já teve a geladeira estragada. “A geladeira ficou boiando na sala”, disse. “Não temos sossego aqui. Toda a vez que chove a gente não dorme com medo que estrague as coisas”.

A água invadiu também a casa de Maria Dilma Nascimento e levou um monte de areia para os cômodos. Estragaram o guarda-roupa e uma estante. “Já a geladeira eu não sei se vai ter conserto”, disse.

Lucélia Ribas Mariano, que mora com o marido e duas filhas, de 3 e 8 anos, perdeu todos os móveis e os documentos. No terreno em frente a casa dela, uma piscina se formou. “Pobre só tem piscina quando chove”, disse.

O padeiro Samuel Dias, que há 21 anos mora no bairro, diz que toda vez a história se repete. “Sempre que chove sei que vou ter que limpar a casa e vou perder móveis”, lamenta.

Nos siga no Google Notícias