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Capital

Após confusão e rua fechada, ônibus voltam a circular no Terminal Morenão

Fernanda Mathias e Mara Riveiros | 15/07/2016 10:30
Vários ônibus pararam  no Terminal Morenão, passageiros se indignaram e protestaram pela retomada das viagens; paralisação durou 40 minutos (Foto:Alcides Neto)
Vários ônibus pararam no Terminal Morenão, passageiros se indignaram e protestaram pela retomada das viagens; paralisação durou 40 minutos (Foto:Alcides Neto)

Após protesto de motoristas do transporte coletivo de Campo Grande, no Terminal Morenão, que durou aproximadamente 40 minutos e gerou confusão, os ônibus que estavam retidos foram liberados. Houve bloqueio na Avenida Costa e Silva, por passageiros que, indignados, também se manifestaram para seguir o percurso.

Um grupo ligado ao sindicato que representa a categoria seguiu para a Agetran (Agência Municipal de Trânsito), para falar com o diretor de Transporte do órgão, Luiz Renato. O protesto teve início porque os motoristas, após várias tentativas, novamente não foram recebidos na Agetran hoje de manhã.

Eles querem que a Lei municipal 4.584, de 2007, que estabelece multas em várias situações, seja revista. Demétrio Ferreira de Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande, explica que recentemente os motoristas começaram a receber notificações e diz que os valores são abusivos e os deixam sem saída.

Atrasos e adiantamentos acima de 5 minutos são punidos; se o condutor estiver deixando o terminal e parar para que um passageiro suba é multado, mas também é se não parar, diz Demétrio. Além disso, quando denunciado por direção imprudente recebe multa de R$ 1 mil, sem a devida apuração, segundo o líder sindical.

Por meio de nota, a Prefeitura informou que cumpre o papel de fiscalizar horários e qualidade do serviço prestado pelas empresas, em benefício dos usuários. “As autuações que forem necessárias, são repassadas para a empresa. A Prefeitura não tem nenhuma interferência na relação empresa/funcionários, mas ainda assim há a possibilidade de recurso das autuações na Agetran”.

Terminal ficou lotado e passageiros tomaram a Costa e Silva exigindo a liberação dos ônibus (Foto:Alcides Neto)
Terminal ficou lotado e passageiros tomaram a Costa e Silva exigindo a liberação dos ônibus (Foto:Alcides Neto)

Indignados – Enquanto os motoristas protestavam, os ânimos de acirraram e passageiros, exigindo que os ônibus voltassem a circular, bloquearam a Avenida Costa e Silva.

Caroline Santos Borges, 30 anos, chegou do terminal Guaicurus e se preocupava com o atraso no trabalho, em um shopping. Às 9h45, não tinha mais como chegar às 10 horas no trabalho.

Fabiana Cherrosfe, 36 anos, chegou de Terenos com o filho de 10 anos, para atendimento na APAE e, com o tumulto, o menino começou a passar mal. “Ninguém avisou, meu filho convulsiona e tenho que arrumar um jeito de ir embora”, desesperou-se.

Para Lucélia Lopes, 32 anos, a paralisação-surpresa só prejudica a população. “Não se resolve as coisas desse jeito. Nós dependemos disso. A passagem já é um absurdo, temos direitos e estou desde às 6 horas andando com uma criança. Moro longe, no Caiobá, já deveria estar em casa”, indigna-se. Ela também levou o filho, de 11 anos, para atendimento na APAE. “Não é desse jeito que se faz as coisas, prejudicando todo mundo”.

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