Após denúncia, brinquedoteca não abre e monitoras são demitidas
Proprietária não quer entrevista sobre o assunto. Local não precisa de autorização do Conselho de Educação para funcionar
Após denúncias de maus tratos a duas crianças em uma brinquedoteca localizada no Jardim São Bento, em Campo Grande, as duas professoras suspeitas de envolvimento foram demitidas e nesta quinta-feira o espaço não abriu.
Procurada pelo Campo Grande News para falar sobre o caso, a proprietária do local não quis dar entrevista e afirmou que o espaço é uma brinquedoteca e não uma creche.
De acordo com Conselho Municipal de Educação, responsável pelas autorizações de funcionamento a centros de educação infantil, brinquedoteca é local, como o próprio nome diz, para brincar.
Nestes espaços não há necessidade de autorização do Conselho para funcionar, porque, presumi-se, que as crianças vão ao local para ficar algumas horas e esporadicamente.
Já as creches - ou centros de educação infantil -, trabalham legalmente quando têm autorização do Conselho Municipal de Educação.
E para conseguir o ‘alvará’, esses locais precisam atender a uma série de requisitos previstos em lei, entre eles ter professor com formação universitária habilitado para trabalhar com crianças e infraestrutura adequada.
Quando recebem a autorização, os centros de educação recebem acompanhamento da Secretaria Municipal de Educação.
As creches se caracterizam pela obrigação da presença regular das crianças, as quais fazem atividades voltadas para a educação e não somente brincadeiras.
Maus tratos - As denúncias de maus tratos na brinquedoteca localizada em bairro nobre da Capital foram feitas por uma mãe que teve o filho de pouco mais de um ano amordaçado com fita crepe.
Há diversas fotografias do ‘flagrante’ e também um vídeo que mostra uma monitora colocando fita crepe na boca de uma outra criança, esta de quatro anos.
A monitora apontada como autora dos maus tratos disse que tirou e colocou a fita no queixo da menina e nega que tenha amordaçado o menino.
A acusada, que é mãe de duas meninas e tem 23 anos, afirma que o vídeo que a mostra com a menina e as fotos do menino foram feitas por outra monitora, como vingança.
O caso está sendo apurado pela Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).