ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Após denúncia na imprensa, homem é atendido e tem cirurgia marcada no HR

Paula Vitorino | 27/06/2012 10:03

O descaso de mais 31 horas a saúde e ao sofrimento da família do catador de lixo José Pedro Ferreira do Nascimento, de 38 anos, teve fim na noite de ontem, logo após o caso ser denunciado no Campo Grande News.

Com perfuração no tórax, ele aguardava atendimento nos corredores do Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, pois os funcionários informaram para a família que não tinha médico especialista de plantão.

De acordo com a sua esposa, Edna Chaves Velásques, de 44 anos, que também é trabalhadora do lixão, equipe de funcionários e médico foram atender José logo após a reportagem entrar em contato para saber sobre o caso.

A reportagem foi publicada às 21h35 de ontem, mas José aguardava atendimento desde às 14h de segunda-feira (25).

“Apareceram e já levaram ele para um quarto. Graças a Deus terminou o sofrimento dele, agora está tudo bem”, conta.

Hoje, às 8h, José fez tomografia e a sua cirurgia está marcada para às 10h. Sua esposa informou que o ferro rompido do tórax será retirado, mas não soube informar qual o tipo de procedimento cirúrgico.

José estava com um corte exposto no tórax após um dos ferros implantados no local se romper na segunda-feira. O corte tinha aproximadamente dois centímetros, próximo ao pescoço, e estava com sangramento e pus.

Edna conta que há cinco anos José Pedro foi esfaqueado e precisou passar por um procedimento cirúrgico, que resultou na implantação de grampos de ferro no interior do tórax. Há dois anos, ele vem sentindo dores no local, apresentado secreção líquida no corte que ficou na região do peito.

Indignação - A advogada Elaine Silva Viana entrou em contato com a reportagem indignada com o descaso ao paciente.

“O Governo é obrigado a garantir a saúde, se não tem especialista em determinado hospital, eles que paguem um médico ou transfiram para outro local capacitado”, diz.

Ela alerta que cabe ação de reparação de danos por parte da vítima neste caso A família pode pedir indenização e o hospital, além do Estado que é responsável pela gestão, receberem sanções penais.

Edna informou que não pretende entrar na Justiça contra o hospital, já que o seu marido está sendo bem atendido agora. Mas quer ajuda jurídica para pedir a aposentadoria de José.

“Vou procurar ajuda para pedir a aposentadoria dele, porque agora ele não pode trabalhar, mesmo. Da outra vez ele voltou a trabalhar e deu nisso, agora não pode correr o risco de ficar pior”, diz.

Nos siga no Google Notícias