Após dois fracassos, prefeitura desiste de ciclovia na Guaicurus
Justificativa é de que a linha de alta tensão sobre a via oferece riscos aos usuários
Após o fracasso em duas licitações, a prefeitura de Campo Grande desistiu de levar adiante a construção de uma via específica para os ciclistas nos 10 quilômetros de extensão da Avenida Guaicurus, entre os bairros Itamaracá e Dom Antônio Barbosa.
Segundo o secretário Valtermir Alves de Brito, titular da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), foi diagnosticada uma inviabilidade técnica para a construção da obra, que segundo ele, ofereceria riscos aos usuários.
“Temos uma situação preocupante, porque pelo canteiro central passa uma rede de alta tensão, conhecida como linhão, e oferece riscos por que sob essa linha se forma um campo eletromagnético” disse o secretário ressaltando que em dias de chuva os riscos aumentariam ainda mais para pedestres e ciclistas que estivessem trafegando na via.
Conforme o secretário, alternativas estão sendo estudadas para garantir que os ciclistas que utilizam a via trafeguem com segurança.
“Estamos discutidos outras possibilidades. Temos que dar conforto e segurança e principalmente prezar pela vida da população. Se colocarmos a ciclovia lá o pior pode acontecer. Então, estamos vendo outras possibilidades, como implantar a via exclusiva para ciclistas nas ruas laterais da Guaicurus, por exemplo”, finalizou.
Ciclovia– A ciclovia, onde estaria incluída também uma pista de caminhada, seria feita no trecho entre o anel rodoviário e a rua Evelina Selingardi num total de 8 quilômetros.
Em março do ano passado, após o primeiro fracasso na licitação, que não teve nenhuma empresa interessada, moradores do Bairro Santo Eugênio realizaram um protesto pedindo a construção da ciclovia.
Em setembro, um mês após a inauguração da obra de recapeamento da Guaicurus, que custou R$ 12,6 milhões, a empresa Marcos Arnaldo Prestadora de Serviços Ltda chegou a “abraçar” o projeto, no entanto, desistiu da obra que inicialmente custaria R$ 200 mil e chegou a ser orçada em R$ 1,3 milhão, devido a alterações no projeto.