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Capital

Após dormir na calçada, jovem ganha teto para família e novo emprego

Helton Verão | 08/08/2013 16:42
João promete agarrar com "unhas e dentes" a oportunidade de trabalho e a nova casa para morar (Foto: Pedro Peralta)
João promete agarrar com "unhas e dentes" a oportunidade de trabalho e a nova casa para morar (Foto: Pedro Peralta)

Após ter sido despejado da casa onde morava com os três filhos e a esposa, João Antônio dos Santos Cardoso, 24 anos, que chegou a dormir na calçada cedida por vizinhos, ganhou uma casa para morar e um emprego. Um consultor dono de uma rede de supermercados se sensibilizou com a história noticiada pelo Campo Grande News e procurou a família para ajudar.

Na noite desta quarta-feira (7) mesmo a família já se mudou para o novo imóvel no bairro São Conrado, alugado, com alguns meses pagos pelo empresário, além de uma cesta básica. “Ele ligou na redação de vocês e pediu o nosso contato, vou agarrar esta oportunidade e trabalhar para crescer na vida. Segunda-feira começo no emprego novo”, comemora João.

A vaga garantida pelo empresário é para João trabalhar em uma das unidades do supermercados de sua rede Pão de Açúcar. De acordo com João, ele se comprometeu a conseguir uma casa pelo Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande).

“De pessoas assim o mundo está precisando. Agora preciso consegui matricular minhas crianças em uma creche e também conseguir os medicamentos e o atendimento necessário para a minha esposa que tem epilepsia”, ressalta Santos.

A família de João havia sido despejada da casa onde morava, segundo ele, porque o locatário se irritou com o filho mais velho, de 4 anos, que sofre de epilepsia também, com quadro de agitação motora e agressividade, segundo o laudo médico.

“Ele teve uma das crises e estragou as plantas do quintal. Em seguida, levamos nosso filho no médico e quando voltamos para casa, ele disse que não queria mais saber da gente lá. Só posso voltar se for para tirar todas as minhas coisas”, conta.

Outros dois filhos do casal, de 1 anos e seis meses, dois anos e quatro anos estavam em um abrigo e foram devolvidos para a família há sete meses. As crianças foram levadas após denúncias de que os pais não estavam seguindo o tratamento médico indicado, já que a caçula também apresentava suspeita de epilepsia.

O despejo foi no domingo (4). No primeiro dia, João conta que a esposa dormiu com as crianças na casa de uma irmã da igreja, no bairro Aquarius II e no segundo, foi para a casa da mãe dela com os filhos. Já ele, dormiu na calçada do bar e nessa segunda-feira, passou a noite nos fundos da igreja.

A família de João vinha sobrevivendo com R$ 400 de programas como Bolsa Família e Vale Renda. Valor que esse mês foi cancelado porque a mãe das crianças, Valquiria Ortiz de Souza, não efetuou o recadastramento.

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