Após morte, Lagoa Rica fica interditada até regularizar situação

O gerente do balneário disse que os documentos estão no escritório do balneário e serão apresentados amanhã

O gerente do balneário Lagoa Rica, Zildo Vasconcelos, onde um jovem de 16 anos morreu afogado na manhã de hoje (12), o que levou à interdição do local após serem constatadas irregularidades, disse que vai apresentar na quinta os documentos cobrados pelo Corpo de Bombeiros. Os documentos em questão são o alvará da Prefeitura e o certificado de vistoria pelo Corpo de Bombeiro, obrigatórios para o recebimento de banhistas.

Conforme gerente, a papelada fica no escritório, que é fora do balneário e por isso não foram mostrados hoje. Ele admitiu que faltam alguns equipamentos de segurança, mas diz que os documentos que autorizam o funcionamento estão todos em dia.

Questionado pelo Campo Grande News sobre a ausência de guarda-vidas, ele disse que tinha quatro pessoas para esta função.

O homem apontado pelo gerente como um dos guarda-vidas não quis falar com a imprensa. Com uma lata de cerveja na mão, ele virou as costas e foi embora sem responder se trabalhava como profissional no local.

Quanto aos equipamentos de segurança, Zildo disse que alguns foram danificados, outros extraviados. Segundo ele, a direção do balneário foi informada e já estava providenciando a reposição.

Para a entrada no balneário é cobrado o valor de R$ 7 por pessoa. O gerente afirmou que devolveu o dinheiro hoje aos banhistas. Zildo contou que trabalha no local há 24 anos e que o balneário nunca havia sido interditado. Já ocorreram outras mortes por afogamento no local, incluindo uma criança, em janeiro de 2009.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 10 horas de hoje para procurar um adolescente desaparecido nas águas da Lagoa Rica. O corpo foi encontrado por uma equipe de três mergulhadores por volta das 12h40.

Irregularidades - Conforme os militares, haviam pessoas vestindo camisetas identificando como salva-vidas, mas que não teriam condições de estar atuando como guarda-vidas. No local não foram encontrados número suficiente de equipamentos de segurança obrigatórios, coletes salva-vidas e bóias de demarcação.

Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, o balneário vai ficar interditado até a apresentação dos documentos que autorizam o funcionamento.