Após roubo com vítima baleada, moradores pedem segurança
No bairro um rapaz foi baleado em assalto e várias casas já foram invadidas por ladrões. Uma delas, três vezes
Com medo de mais roubos e furtos, moradores da Vila Neuza pedem mais segurança pública. No início da semana, um rapaz foi baleado em assalto e várias casas já foram alvo de ladrões, uma delas, três vezes. A PM (Polícia Militar) afirma que o policiamento na região é diário.
A Vila Neuza fica na região da Vila Marly. Há casas novas, onde a maioria dos moradores trabalha durante o dia e terrenos baldios. Cenário que pode contribuir para os furtos em residências. Além disso, as vias são pouco movimentadas.
A maioria dos imóveis tem cerca elétrica e agora o que os moradores pretendem é comprar pelo menos uma câmera que pegue a movimentação da rua.
Um dos casos mais graves foi o que aconteceu com um rapaz de 23 anos na noite do dia 7. Ele estava em frente à casa dele com a namorada quando três bandidos chegaram. O casal foi rendido, os assaltantes entraram na residência, pegaram objetos, colocaram no EcoSport do rapaz e fugiram levando as vítimas.
Na tentativa de fugir dos bandidos, o jovem reagiu e acabou baleado no peito, sendo socorrido por uma pessoa que passava próximo ao local onde ele e a namorada foram deixados.
O roubo foi o estopim para que moradores denunciassem os diversos casos de violência por lá, pedir mais segurança pública e investir na privada.
O designer gráfico Lenon Godoi, 37 anos, conta que nessa quarta-feira ladrões entortaram o ‘braço’ do portão de elevação da casa dele, arrombaram a porta da cozinha e furtaram uma televisão de 42 polegadas, dois computadores, joias, máquina fotográfica, aparelho de DVD e brinquedos. Essa foi a terceira vez que a residência de Lenon e da professora Rosana Valentin, 38 anos, foi alvo de ladrões.
Conforme Rosana, os ladrões levaram até o prato do microondas e colocaram os objetos menores em uma mala da família. Ela avalia o prejuízo em pelo menos R$ 10 mil, somente com objetos, sem os danos do portão e da porta.
O gerente de atendimento Tiago Augusto de Mello, 27 anos, mora ao lado da casa de Lenon. Para ele, falta policiamento preventivo. “Não adianta só quando acontecer crime encher de policiais. Tem que ser feito trabalho de prevenção”. Ele continua. “Já tentaram roubar minha casa e agora estamos investindo em segurança particular”.
O pedreiro Veriano Chaves, 49 anos, trabalha em uma obra ao lado da casa da filha, que, segundo ele, já foi invadida por ladrões. Para o trabalhador, é preciso mais segurança. “Precisamos de mais policiamento. Aqui está bem complicado”, disse.
Polícia – Comandante de Pelotão da Coophasul, responsável pelo policiamento do bairro, o tenente Wellington Lopes Lafayette Julião afirma que é feito ronda diariamente na Vila Neuza e que pode acontecer de ladrões entrarem nas casas após a passagem dos policiais.
O tenente declarou ainda que as rondas vão ser intensificadas e pede para a população evitar deixar objetos de valor ao alcance da visão de quem passa pela rua, ter contatos com vizinhos – avisar quando sair e quando viajar – “Tem caso de caminhão de mudança parar na casa e o vizinho não saber que é ladrão”, disse.