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Capital

Após transtornos, moradores e prefeitura reconstroem ruas

Flávia Lima | 06/01/2015 14:19
Equipes da Águas Guariroba e da prefeitura prosseguem os serviços de recapeamento em toda Capital. (Foto:Marcelo Calazans)
Equipes da Águas Guariroba e da prefeitura prosseguem os serviços de recapeamento em toda Capital. (Foto:Marcelo Calazans)

Depois das fortes chuvas que caíram na Capital na tarde de ontem (5), equipes da prefeitura passaram a manhã desta terça-feira (6) realizando reparos e obras de recapeamento em diversos pontos de Campo Grande. A maior parte dos problemas eram relacionados ao asfalto que cedeu devido a força das águas e aos buracos e valetas abertos em diversos bairros.

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação, com as constantes chuvas fica difícil concluir com agilidade os trabalhos, por isso a prioridade é recuperar as avenidas que tem linhas de ônibus, porém os trabalhos de recuperação da malha asfáltica e tapa-buracos continua sendo feito em todos os pontos que apresentam problemas.

Hoje a prefeitura designou 11 equipes para efetuar a operação tapa-buracos em toida cidade e 13 para a limpeza geral, incluindo os bueiros que acabam ficando entupidos com a quantidade de entulho carregado pela chuva.

Na Avenida Hiroshima, logo na entrada do Parque dos Poderes, uma equipe da Águas Guariroba realizava o recapeamento de pelo menos 100 metros de uma das faixas da avenida, que teve o asfalto destruído sobre a rede de esgoto. A avenida, que tem um grande fluxo de veículos por ser um acesso ao Parque dos Poderes, ficou quase que totalmente alagada. De acordo com Rildo Paredes, funcionário da concessionária de água e esgoto da Capital, já existe um projeto de drenagem que terá início em breve para resolver a questão do alagamento.

Um dos lados da avenida já passou pela obra e não apresenta mais o problema. “O problema é que água desce com muita força por aqui. De imediato está prevista a recuperação com uma massa asfáltica mais grossa até que os serviços de drenagem sejam concluídos”, explica.

Outro ponto da cidade que sofre com os temporais é a Rua Portuguesa, na região da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). No trecho onde há uma baixada a água empoça e dificulta a entrada dos carros dos moradores nas residências da rua. Hoje pela manhã ainda havia uma enorme poça na parte mais baixa da rua. Segundo moradores, ontem a água subiu cerca de 1 metro no muro das casas.

Já na rua Ipiguá, no bairro Guanandi 2, o temor de mais chuvas tem deixado os moradores em estado de alerta. Com as casas localizadas a pouco menos de 100 metros da margem do córrego Anhanduí, os moradores tentam amenizar a passagem pela rua, que não é asfaltada, jogando pedras e pedaços de pau para não sofrer tanto com o barro. O auxiliar de serviços gerais Luciano Prestes, 44, e a dona de casa Corsoelha da Silva Prestes, 68, contam que quase tiveram a sala de sua casa invadida pelas águas. Para evitar o problema, ele construiu um calçamento mais alto na soleira de sua porta. “Morro de medo quando a água desce com a força de ontem. Moramos há sete anos e cada vez ela desce com mais força”, diz a dona de casa.

Vizinho de Luciano, o pedreiro Jean Carlos Almeida conta que ontem foi impossível sair com o carro da garagem, já que a rua praticamentre se transformsa em um rio. Hoje pela manhã ele limpava o carro do irmãos, mas já temia ter o serviço perdido caso as chuvas retornem no período da tarde.

Na casa da frente, uma funcionária pública que não quis se identificar conta que sempre no dia seguinte após as chuvas seu marido precisa cobrir a enorme valeta que se abre em frente a sua casa. O buraco é tão profundo que fica impossível entrar com o carro na garagem, obrigando o casal a guardar o veículo na casa do filho, que mora ao lado. “Parece que nem tem previsão para asfalto nessa região. Quando construíram o Parque Ayrton Senna já poderiam ter feito isso”, reclama.

Estragos - Ontem a chuva chegou a 51,7 milímetros na Capital, segundo o sistema de monitoramento da Defesa Civil. O Córrego Vendas voltou a transbordar e causou caos no trânsito no Bairro Itanhangá Park. O Corpo de Bombeiros atendeu três casos de alagamentos em diferentes bairros da Capital. A chuva chegou a 51,7 milímetros na cidade, 

Até na Avenida Afonso Pena, na região Central, a enxurrada causou a interdição parcial de algumas faixas de rolamento. Segundo a Defesa Civil, a chuva atingiu 52,7 milímetros na região do Bairro Rita Vieira, 37mm no Córrego Prosa e 33,7 mm na região dos bairros Marcos Roberto e Jacy.

Luciano Prestes mostra o nível em que chega a água na sua casa com as chuvas. (Foto:Marcelo Calazans)
Luciano Prestes mostra o nível em que chega a água na sua casa com as chuvas. (Foto:Marcelo Calazans)
Vala abre em frente casas na rua Ipiguá, no Guanandi 2, dificultando acesso de veículos. (Foto:Marcelo Calazans)
Vala abre em frente casas na rua Ipiguá, no Guanandi 2, dificultando acesso de veículos. (Foto:Marcelo Calazans)
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