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Capital

Área destinada à construção de centro de convenções é tomada por entulhos

Alan Diógenes | 14/06/2015 10:19
Área destinada ao prédio do centro de convenções está tomada por entulhos. (Foto: Marcelo Calazans)
Área destinada ao prédio do centro de convenções está tomada por entulhos. (Foto: Marcelo Calazans)

A proposta apresentada em 2013 para construir o espaço para eventos Arena CG Hall, na saída para Três Lagoas, não saiu do papel. Sem ser utilizada, virou depósito de entulhos e preocupa moradores da região. O terreno fica ao lado direito da rodovia, entre o trevo do rodoanel e a entrada do Bairro Maria Aparecida Pedrossian.

A artesã Iraneide Alvez da Cruz, 49 anos, que mora na região, diz que assim que o projeto foi anunciado, ela chegou a ver movimentação de trabalhadores no canteiro de obras. “A gente ficava em frente de casa e via vários caminhões passando com materiais de construção, mas a obra parou só no muro mesmo”, explicou.

Para ela, se construído, o centro de convenções seria bem utilizado pela população campo-grandense, que possui poucas opções de lugares para a realização de eventos de grande porte. “O único problema seria o barulho, mas eu e minha família particularmente não nos incomodamos com isso. Seria bom para desenvolver nossa região”, comenta.

A assistente de recursos humanos Lilineide Alvez da Silva, 23, diz que área está sendo usada como moradias de usuários de drogas também. “Eles tinham que aproveitar esta área para evitar este tipo de situação”, argumentou.

O professor Jânio Batista de Macedo, presidente da Amape (Associação de Moradores Maria Aparecida Pedrossian), faz parte do conselho que criou o projeto. Segundo ele, algumas questões podem ter emperrado a construção do espaço.

Presidente do Maria Aparecida Pedrossian disse que empreendimento traria desenvolvimento para o bairro. (Foto: Marcelo Calazans)
Presidente do Maria Aparecida Pedrossian disse que empreendimento traria desenvolvimento para o bairro. (Foto: Marcelo Calazans)
Moradora chegou ver trabalhadores no canteiro de obras, mas depois construção parou. (Foto: Marcelo Calazans)
Moradora chegou ver trabalhadores no canteiro de obras, mas depois construção parou. (Foto: Marcelo Calazans)

“Na época, era preciso R$ 6 milhões para fazer uma obra de drenagem e de redução de impactos ambientais, mas a prefeitura não tinha como disponibilizar este valor. Outra questão é a duplicação da BR-163 pela CCR MSVia, responsável pela rodovia, que vai abranger parte da área destinada ao projeto”, afirma Jânio.

Ele diz que se o centro de festas não for construído, a população do Maria Aparecida Pedrossian vai ter alguns prejuízos. “A comunidade aceitou o projeto que pode trazer mais segurança e empregos para esta região. Sem falar no desenvolvimento arquitetônico que irá trazer para todo o bairro. Para você ter noção, assim que foi divulgado a construção do empreendimento, um hotel começou a ser construído em frente à área e a previsão é que mais três comecem a ser construídos aqui”, finaliza.

A previsão era começar a construção do prédio a partir do segundo semestre de 2013 e a obra ficar pronta até o final de 2014.

Com 80 mil metros quadrados de terreno e 14 de área construída, iria ter capacidade para 5 mil pessoas, três ambientes diferentes, restaurante, estacionamento para 4 mil veículos, salão para shows, formaturas, casamentos, convenções, exposições, leilões e afins.

Entramos em contato com o grupo responsável, na tarde de sexta-feira (12), para obter mais esclarecimentos sobre o caso, mas não tivemos retorno até a publicação desta matéria.

Prédio teria capacidade para 5 mil pessoas, três ambientes diferentes, restaurante e estacionamento para 4 mil veículos. (Ilustração)
Prédio teria capacidade para 5 mil pessoas, três ambientes diferentes, restaurante e estacionamento para 4 mil veículos. (Ilustração)
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